segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Lisboa e a Península Ibérica à noite vistas do espaço

Astronauta da ESA Paolo Nespoli é fotógrafo nas poucas horas vagas que tem a bordo da estação espacial e captou as imagens.

(DN - Portugal) Nos intervalos das experiências científicas e das tarefas de manutenção que sempre há a bordo da estação espacial internacional (ISS, na sigla inglesa), o astronauta Paolo Nespoli, há dois meses ali em missão, dá largas à sua paixão pela fotografia. Instala-se no módulo europeu Cupola, que tem uma vista soberba sobre a Terra, e vai fotografando o que vê lá de cima. Aqui está Lisboa à noite, captada pela sua objectiva. A ponte Vasco da Gama é uma linha de luz, o rio um túnel escuro e Lisboa uma bossa cheia de pontos luminosos. Portugal e Espanha, no interior do recorte preciso da Península Ibérica, competem nos focos de luz que deles emanam.

Na sua viagem orbital em torno da Terra, a uma altitude de 360 quilómetros, ISS é o ponto ideal para captar esta visão do planeta. Com a nave de carga europeia desde há dois dias acoplada à estação e prestes a receber a visita do vaivém da NASA Discovery, ontem lançado, está prestes a tornar-se, ainda que temporariamente, a maior instalação espacial de sempre.

Novo modelo explica tremores que antecedem erupções vulcânicas

Tremores são semelhantes e não dependem do tamanho do vulcão. Novo modelo pode ajudar a prever erupções destruidoras.

(G1) Todos os vulcões produzem tremores em frequências semelhantes nos minutos, dias ou semanas que antecedem a erupção. Essa frequência não varia em função do tamanho, do formato nem da localização geográfica do vulcão. A “Nature” desta quinta-feira traz um modelo que explica este fenômeno – e pode ajudar a prever erupções mortais.

Entre as semanas e os minutos antes da erupção, os tremores ficam numa frequência estreita, entre 0,5 e 2 hertz, em praticamente todos os vulcões. Logo antes da erupção e durante a mesma, a frequência atinge níveis maiores e varia entre 0,5 e 7 hertz. A semelhança entre os tremores em diferentes vulcões é difícil de explicar devido às variáveis, tais como estrutura física, composição do magma e quantidade de gás.

“O fato de que isso é tão universal é muito estranho porque os vulcões são muito diferentes em tamanho e característica. É como tocar cinco instrumentos musicais de sopro e obter o mesmo som de todos eles”, compara David Bertovici, professor do Departamento de Geologia e Geofísica da Universidade de Yale, nos EUA, um dos autores da pesquisa.

O modelo matemático descrito por ele e por seu colega Mark Jellinek, da Universidade da Colúmbia Britânica, do Canadá, sugere um “sacolejo de magma” para explicar a semelhança. Este fenômeno é o estridor que resulta da interação entre o magma subindo e a camada espumosa de gás que o cerca. Os fatores que determinam essa interação variam pouco de vulcão para vulcão, o que torna a explicação plausível.

“Este modelo nos dará um sistema bastante necessário para compreender a física dos tremores, o que só pode ajudar na previsão de erupções destruidoras”, acredita Bertovici.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Estudo mostra que Cerro do Jarau foi criado por queda de meteorito

Cerro do Jarau, no município de Quaraí, no Rio Grande do Sul. Pesquisadores da Universidade de Campinas de São Paulo concluíram que a formação geológica do local é resultado do impacto de um meteorito ocorrido há milhões de anos.


(Apolo11) A formação geológica de Cerro do Jarau, localizado no município gaúcho de Quaraí, na fronteira do Brasil com o Uruguai, há anos intriga os especialistas. A hipótese mais provável é que a cratera de 5.5 quilômetros de diâmetro tenha sido formada pela queda de um meteoro que caiu na região há milhões de anos.

Desde 2007 o local vinha sendo estudado por pesquisadores do Instituto de Geociências da Universidade de Campinas em São Paulo, Unicamp, que agora confirmou a origem geológica do Cerro do Jarau.

Os pesquisadores agora buscam material rochoso que possam fornecer dados mais precisos para a datação do impacto do meteorito. As deformações que ficaram gravadas de forma permanente nas rochas do Jarau e a existência de determinados minerais ajudaram a comprovar as suspeitas iniciais da formação do local.

"Com base na idade das rochas mais jovens afetadas pelo impacto, podemos dizer que o choque ocorreu há várias dezenas ou até uma centena de milhões de anos", disse o pesquisador Álvaro Crosta, coordenador de uma equipe de especialistas internacionais.
Modelo digital de elevação mostrando em perspectiva a feição geomorfológica circular do Cerro do Jarau (linha tracejada). Crédito: Prefeitura Municipal de Quaraí/Unicamp/Alvaro Penteado Crósta/Fernanda Silva Lourenço/Apolo11.com.


Com essa constatação, o número de crateras formadas por impacto de meteorito no Brasil sobe para seis. Além disso, a cratera do Cerro do Jarau é a quarta no planeta formada por rochas basálticas, sendo que três delas estão no Sul do Brasil.

"Esse tipo de cratera é bastante comum na superfície de outros corpos planetários, mas não na Terra. A análise dos processos de deformação relacionados à formação das crateras basálticas do sul do Brasil pode eventualmente auxiliar na compreensão da evolução da superfície de muitos outros corpos planetários, como a Lua, Marte, Vênus e outros corpos sólidos", afirma Crosta.

As deformações, algumas visíveis apenas com o auxílio de microscópio, são decorrentes da liberação de uma enorme quantidade de energia, superior a eventos como terremotos e erupções vulcânicas. Justamente por esse motivo, elas são utilizadas como evidências de impactos de meteoros.

"Estamos apenas no início dos estudos de Cerro do Jarau e temos a expectativa de que informações novas e interessantes venham surgir dos resultados que esperamos obter nos próximos anos", declarou o professor.

O livro “Large Meteorite Impacts IV”, contendo o recente estudo, será lançado em breve pela Sociedade Geológica da América (GSA).

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Satélite da ESA fotografa península antártica; veja imagem


(Folha) A ESA (Agência Espacial Europeia) divulgou nesta sexta-feira uma imagem da Antártida feita por seu satélite.

A imagem está focada especificamente da península antártica, localizada na região noroeste e cercada pelos mares de Bellingshausen e de Weddell.

Com aproximadamente mil quilômetros de extensão, o "braço" se estende além do círculo polar, em direção à ponta da América do Sul.

A foto foi tirada em 5 de fevereiro pelo satélite Envisat e só liberada agora para o público em geral.
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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Lançamento de novo satélite de observação é adiado pela 2ª vez

Técnicos da agência espacial não conseguiram consertar o problema a tempo da segunda data de lançamento marcada para hoje

(Estadão) O lançamento do satélite de observação Glory foi adiado novamente por pelo menos mais 24 horas, informou a Nasa, agência espacial norte-americana. A partida, inicialmente prevista para quarta-feira, 23, foi interrompida nos 15 minutos finais da contagem regressiva devido a leituras inesperadas no painel do satélite. Os técnicos da agência espacial não conseguiram consertar o problema a tempo da segunda data de lançamento marcada para esta quinta-feira, 24.

A agência espacial ainda não conseguiu determinar o que levou o satélite a apresentar essas leituras e com uma janela de 48 segundos para o lançamento, não houve tempo hábil para uma avaliação de segurança completa antes do lançamento.

A próxima tentativa de lançamento do Glory acontecerá na manhã de sexta-feira, 24, às 8h09 (horário de Brasília).

Os dados enviados pela missão Glory devem melhorar nossa compreensão sobre como o Sol e minúsculas partículas atmosféricas chamadas de aerossóis atingem o clima da Terra. O Glory se juntará a uma frota de satélites de observação chamada de Constelação da Tarde ou "A-train". Esse grupo, que inclui as naves Aqua e Aura, se mantém muito próximo entre si.

Originalmente aprovado em 2005, o satélite foi desenvolvido por uma equipe de engenheiros e cientistas de várias instituições industriais, governamentais e acadêmicas do país. A sonda chegou à Base de Vandenberg no dia 11 de janeiro, após uma viagem que cruzou os EUA, originada da Corporação de Ciências Orbitais, em Dulles, Virgínia.
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Expedição oceanográfica


(Agência FAPESP) O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) está participando de uma expedição oceanográfica com o objetivo de coletar dados para estudos sobre a cor do oceano e a existência de aerossóis que podem influir no ciclo do carbono e nos ecossistemas marinhos.

O cruzeiro oceanográfico partiu da Cidade do Cabo, na África do Sul, em 20 de fevereiro, e percorrerá o Atlântico Sul até Valparaíso, no Chile, com chegada prevista para o dia 15 de março.
O navio R/V Melville pertence ao Instituto de Oceanografia Scripps, dos Estados Unidos, e leva também pesquisadores da França e Argentina, além do Brasil.

O Inpe está representado na expedição pelo pesquisador Milton Kample, que irá coletar dados para o ajuste dos modelos de sensoriamento remoto da cor do oceano, que são baseados em informações de satélites.

“O imageamento por satélite tem indicado a presença de grandes quantidades de aerossóis e de carbono orgânico e inorgânico particulado na região sul do oceano Atlântico. No entanto, essas concentrações ainda não foram confirmadas com dados de campo. Precisamos verificar, por exemplo, se não se trata do efeito causado pela arrebentação das ondas em alto mar”, disse Kmaple.

Também serão coletados dados, por meio de medições radiométricas e análises de amostras de água, para o mapeamento por satélite de grupos funcionais fitoplanctônicos, que integram o projeto de pesquisa da doutorando em sensoriamento remoto pelo Inpe, Natália de Moraes Rudorff.

Mais informações: www.inpe.br/
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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Nasa adia voo com satélite de observação da Terra



(Associated Press / Folha) O lançamento do foguete Taurus XL, que levaria ao espaço um satélite de observação da Terra, foi postergado nesta quarta-feira na Califórnia (EUA).

O cancelamento do voo, por problemas técnicos, ocorreu a quinze minutos antes do horário previsto para a partida.

O satélite Glory ("glória", em inglês) vai cumprir uma missão com duração de três anos. Ele vai analisar o modo como as partículas da atmosfera afetam o clima da Terra e também monitorar se a atividade solar influencia o clima terrestre.

A próxima tentativa de lançamento será não antes de quinta-feira, às 8h09 (horário de Brasília).
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Tensão de placas tectônicas se acumula perto do Chile

De acordo com especialista, terremoto de 2010 pode ter contribuído para tensão na área, aumentando as chances de outro maior ainda

(The New York Times / iG) Quando um terremoto de magnitude 8.8 atingiu a costa do Chile, em fevereiro de 2010, geofísicos e sismólogos não se surpreenderam. O epicentro do tremor foi num trecho de aproximadamente 200 milhas de uma falha onde tem se acumulado uma tensão há quase dois séculos. Especialistas esperavam que um dia a tensão seria aliviada num evento cataclísmico.

Porém, à medida que os cientistas se debruçavam sobre volumes de dados do que pode se tornar o maior terremoto jamais estudado, eles concluíram que o movimento durante o terremoto não aliviou a tensão, como previsto. A maior falha sísmica estava fora do segmento de 200 milhas, conhecida como abertura de Darwin desde que Charles Darwin testemunhou o último terremoto ao longo dela, em 1835.

"O padrão de falha era diferente do que esperávamos", disse Stefano Lorito, geofísico do Instituto Nacional de Geofísica e Estudo de Vulcões de Roma.

Embora houvesse uma área de deslize ao sul do epicentro que estava dentro da abertura de Darwin, ele disse, a área de maior movimentação foi ao norte da abertura, numa área onde ocorreu um terremoto de magnitude 8.0 em 1928.

Lorito disse que as descobertas mostram que "há uma fração da abertura que provavelmente não rompeu". Além disso, ele afirmou que o terremoto de 2010 pode ter contribuído para a tensão na área que não foi rompida, aumentando as chances de outro grande terremoto, embora ele possivelmente não seja tão forte quanto o do ano passado.

Lorito é o principal autor de um artigo publicado no mês passado na "Nature Geoscience", descrevendo os padrões de deslize, com base em análises de observações de tsunamis e dados de deformação de terra de GPS e sensores baseados em satélite.

No entanto, seu estudo está longe de ser a última palavra sobre o terremoto no Chile. Numa recente reunião do Sindicato Americano de Geofísica, foi apresentada cerca de uma dúzia de padrões de deslize, de acordo com Onno Oncken, geofísico do Centro Alemão de Pesquisas em Geociências, em Potsdam.

O próprio Oncken é autor de um estudo publicado na "Nature", em setembro, que mostrou um padrão diferente. Seu estudo analisou apenas dados sísmicos _ registros de ondas de choque, que não mostram como a terra foi deformada _ do evento. Ele afirmou que não era inesperado que os padrões mudassem quando o GOS e outros dados eram analisados.

"Não surpreende a ninguém neste estágio inicial da avaliação de dados", disse Oncken. "Estamos aprendendo cada vez mais na prática, diariamente".

"Espero que este seja o terremoto mais bem observado que já tivemos", ele acrescentou.
Porém, quanto à sugestão de Lorito de que o evento de 2010 possa ter aumentado as chances de outro terremoto, Oncken expressou cautela, afirmando que há relativamente poucos pontos de dados na área onde um novo terremoto está previsto para acontecer.

"Pessoalmente, não ousaria fazer uma declaração tão forte", ele disse.

O tremor, que matou mais de 500 pessoas, ocorreu numa zona de subducção, onde uma placa tectônica se desliza sob a outra. Neste caso, a placa Nazca se desliza para o leste sob a placa Sul Americana a uma velocidade de cerca de 7,6cm por ano. O movimento faz com que as tensões se acumulem nas bordas da placa. No terremoto de 2010, essas tensões foram aliviadas quando a borda ocidental da placa Sul Americana de repente se moveu para oeste e para cima. Como grande parte do movimento foi sob as águas, o tremor gerou um tsunami, responsável por muitas mortes.

Jian Lin, geofísico do Instituto Oceanográfico Woods Hole, também está estudando o terremoto, embora sua análise esteja mais focada na acumulação da tensão antes do terremoto do que em sua liberação.

Lin afirmou que, embora os vários padrões de deslize apresentados até agora sejam tão diferentes, os pesquisadores geralmente concordam que ele ocorreu em dois "pedaços", um ao norte do epicentro, outro ao sul. Embora o terremoto tenha iniciado no epicentro, grande parte da ruptura ocorreu em outro local.

"O trecho sul preencheu, sim, uma parte da abertura Darwin", ele disse. "É onde os modelos divergem _ alguns modelos têm mais falhas na parte sul, alguns têm menos. Mas acredito que, com todos os modelos, parte da abertura Darwin permanece".

Embora o terremoto do Chile seja bastante estudado, Lin argumentou que as discrepâncias nos padrões de falhas entre os vários grupos de pesquisa demonstraram que não há, ainda, dados suficientes.

"Grande parte do terremoto ocorreu sob as águas. Lá, não temos instrumentos", ele disse.

"Agora que sabemos que esta parte ainda pode se romper, é hora de colocar instrumentos no oceano, o mais rápido possível", disse Lin.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Icebergs surgem após terremoto na Nova Zelândia; veja imagens



(Associated Press / Folha) O terremoto de magnitude 6,3 que atingiu Christchurch, na Nova Zelândia, provocou a concentração de vários icebergs no lago Tasman, tradicional rota dos enormes blocos de gelo.

O forte tremor ocorreu por volta do meio-dia de terça-feira (segunda-feira no Brasil) e matou 65 pessoas.

Os icebergs costumam se desprender da Antártida e são levados pelas correntes marítimas em direção a Nova Zelândia e também Austrália.




Matéria similar no G1
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E mais: Terremoto mata 65 pessoas na segunda maior cidade da Nova Zelândia (AFP / Yahoo)
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Aurora boreal ilumina céu da Noruega; veja imagem


(Folha) Fotos divulgadas nesta segunda-feira mostram a aurora boreal iluminando o céu de várias localidades da Noruega, como a vila Grotfjord e, mais recentemente, a cidade de Ersfjordbotn.

O fenômeno é criado a partir da colisão de partículas elétricas que são liberadas em explosões que acontecessem na superfície do Sol.

Quando chegam aos campos magnéticos da Terra, algumas dessas partículas ficam retidas e se chocam com moléculas e átomos presentes na atmosfera, o que gera a luminosidade.
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Matéria similar no R7

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Núcleo da Terra gira mais devagar do que se pensava até agora


(Efe / Folha) Um grupo de geofísicos descobriu que o núcleo da Terra gira mais devagar do que se acreditava previamente, afetando o campo magnético, indica um artigo publicado na revista "Nature Geoscience".

O estudo desenvolvido pelo Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Cambridge (Reino Unido) detalha que o núcleo do planeta se move mais lentamente do que o grau anual anteriormente considerado, e a velocidade de rotação é inferior a um grau a cada um milhão de anos.

O núcleo interno da Terra cresce mais devagar na medida em que o fluido externo vai se solidificando sobre a superfície do núcleo externo, afirma a pesquisa de Lauren Waszek, e a diferença na velocidade hemisférica leste-oeste deste processo fica congelada na estrutura do núcleo interno.

"Descobrimos que a velocidade de rotação provém da evolução da estrutura hemisférica, e assim demonstramos que os hemisférios e a rotação são compatíveis", explica Waszek.

Até agora, assinalou a cientista, este era um importante problema para a geofísica. "As rápidas velocidades de rotação eram incompatíveis com os hemisférios observados no núcleo interno, não permitiam tempo suficiente para que as diferenças congelassem a estrutura."

Para obter estes resultados, os cientistas utilizaram ondas sísmicas que cruzaram o núcleo interno, 5.200 quilômetros abaixo da superfície da Terra, e as compararam com o tempo de viagem das ondas refletidas na superfície do núcleo.

Posteriormente, observaram as diferenças na rotação dos hemisférios leste e oeste, e comprovaram que giram de maneira consistente em direção a leste e para dentro, por isso que a estrutura mais profunda é a mais velha.

A descoberta é importante porque o calor produzido durante a solidificação e o crescimento do núcleo interno dirige a convecção do fluido nas camadas externas do núcleo.

Os fluxos de calor são os que encontram os campos magnéticos, que protegem a superfície terrestre da radiação solar e sem os quais não haveria vida na Terra.

Waszek disse sobre os resultados: "Eles presentam uma perspectiva adicional para compreender a evolução do nosso campo magnético."
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CAPA: Terra Ôca? O que há Debaixo de Nós (AstroPT)


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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Agência espacial mostra a bota da Itália vista do espaço


(Folha) Conhecida por seu formato de bota, a Itália foi fotografada pelo satélite Envisat que pertence às pesquisas no espaço realizadas pela ESA (Agência Espacial Europeia).

A imagem --tirada em 25 de janeiro e divulgada nesta sexta-feira-- mostra a cordilheira dos Apeninos, que está coberta de neve e aparece em branco na imagem. Na ponta da Itália, vê-se a ilha da Sicília.

A península italiana é cercada pelo mar Tirreno (em azul, à esquerda na foto), pelo mar Jônico (à direita, embaixo) e pelo mar Adriático (à direita, em cima).

No litoral direito da bota, a área verde-clara indica sedimentos que são carregados até o mar pelos rios, e que acabam se espalhando pela costa com a ação das correntes oceânicas.
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Matéria similar no Globo

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Terranautas exploram caverna de cristais a 300 metros de profundidade

As Cavernas dos Cristais Gigantes se localizam a 300 metros de profundidade. A temperatura do local é mantida elevada devido a existência de uma câmara de magma incandescente situada abaixo do local. As fotos mostram três momentos diferentes da expedição. Os exploradores George Kourounis e Nik Halik caminham no interior de uma das cavernas.



(Apolo11) Existem alguns lugares na Terra que apresentam características tão severas que sua exploração exige cuidados tão grandes quanto os passeios espaciais. Alguns locais são tão profundos que a sensação térmica ultrapassa 100 graus Celsius e para atingi-los é necessário descer a mais de 300 metros abaixo da terra. Um desses locais são as Cavernas dos Cristais Gigantes, exploradas apenas pelos terranautas.

As Cavernas se localizam próximo à cidade de Naica, no México e foram descobertas acidentalmente no ano 2000 por mineradores que trabalhavam na extração de prata da região. Em seu interior se encontram os maiores blocos de cristais existentes no mundo, alguns com mais de 11 metros de comprimento e 55 toneladas de peso.

As Cavernas se encontram a mais de 300 metros de profundidade e para chegar até lá são necessários uniformes especiais, capazes de suportar o intenso calor. Ali, a temperatura do ar é maior que 55 graus Celsius e a umidade ultrapassa 90%, fazendo a sensação térmica ultrapassar a temperatura da água em ebulição. As Cavernas dos Cristais Gigantes são um dos locais mais extremos do planeta.

Magma
O intenso calor no interior da caverna é produzido pela proximidade de uma câmara de magma incandescente localizada alguns quilômetros abaixo do local. Entrar ali sem uma proteção especial pode ser fatal em menos de 15 minutos, o que torna obrigatório o uso de trajes similares aos usados pelos astronautas. Mesmo com a proteção térmica, o terranautas - como são chamados os exploradores - só podem permanecer no interior da caverna por no máximo 45 minutos.
Cinegrafista faz uma panorâmica do local, com os dois exploradores ao fundo.

"Não estamos no espaço exterior, mas no espaço interior", disse o explorador George Kourounis, que participou da expedição às Cavernas dos Cristais Gigantes entre 3 e 6 de setembro de 2009.

Exploradores
Kourounis é um dos mais ativos exploradores científicos do mundo e seus trabalhos são amplamente veiculados em canais especializados como Discovery Channel, National Geographic, BBC, entre outros. O explorador também conhecido como "Caçador de Tempestades", por organizar expedições em busca de tornados.
Kourounis se apóia sobre um bloco gigante de cristal. Créditos: George Kourounis/The Stormchaser.


"Para sobreviver nas cavernas tivemos que levar equipamento extra de refrigeração dentro de uma mochila", disse Kourounis. "Até os equipamentos eletrônicos precisaram ser aclimatados para funcionarem adequadamente. É um lugar realmente extremo, mas a beleza é incomparável", disse o explorador.

Cristais
Os cristais do interior das cavernas são formados de selenita, uma espécie de gesso cristalizado amplamente usado na fabricação do vidro ou como aditivo para solos pobres. Algumas peças cresceram ali durante meio milhão de anos, em uma solução de água quente saturada de minerais e durante todo esse tempo a temperatura da água permaneceu praticamente constante, aquecida pela câmara vulcânica abaixo das cavernas.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Aumento do nível do mar até 2100 é ameaça para 9% do território americano

Segundo estudo, as águas do mar podem subir cerca de um metro neste século



Miami, uma das cidades que seriam atingidas pela elevação do nível do mar



(Veja) O aumento do nível do mar pode ameaçar 9% do território das principais cidades costeiras dos EUA até 2100. De acordo com estudo que será publicado no periódico americano Climatic Change Letters, o Golfo do México e a região do estado da Flórida, no sul dos EUA seriam as áreas mais afetadas.

Mantida a tendência de aquecimento, as projeções científicas indicam que até 2100 o nível do mar subiria até um metro. "Se isso acontecer as cidades terão que enfrentar erosão, enchentes e inundações permanentes", disse Jeremy Weiss, especialista do departamento de geociências da Universidade do Arizona (EUA) e chefe da pesquisa.

A equipe de Weiss examinou a área que seria perdida em 180 cidades americanas caso o nível do mar se elevasse de um a seis metros. Na pior das hipóteses, cerca de um terço das cidades desapareceria. "Nosso trabalho vai ajudar as pessoas a tomar decisões mais precisas sobre o que fazer com relação ao aumento do nível do mar e o aquecimento global", disse Jonathan Overpeck, co-autor do estudo.

Os pesquisadores desenvolveram uma ferramenta online capaz de exibir as projeções para o crescimento do nível do mar em todos os continentes. O site pode ser acessado aqui.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

As pedras no caminho

Minerais encontrados pela primeira vez no Brasil já são 54


(Pesquisa Fapesp) "Nasceu!”


Daniel Atencio disparou um e-mail com esse título no dia 2 de novembro de 2010 para comunicar, como ele explicou em seguida, “o nascimento de minha décima segunda filha, carlosbarbosaíta, que veio fazer companhia a chernikovita, coutinhoíta, lindbergita, matioliíta, menezesita, ruifrancoíta, footemineíta, guimarãesita, bendadaíta, brumadoíta e manganoeudialita”. Professor do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (USP), Atencio tinha acabado de receber uma mensagem da Associação Mineralógica Internacional aprovando seu pedido de registro do novo mineral, o 54o encontrado pela primeira vez no Brasil e sem registros em qualquer outro país. Novas espécies de minerais, chamadas minerais-tipo, aparecem agregadas a minerais de valor comercial, as gemas, como topázio e turmalina, comuns em Minas Gerais. Só duas gemas, porém, o crisoberilo e a brazilianita, tiveram o registro inicial feito no país.

Novos minerais exibem composições químicas ou arranjos atômicos inusitados, inicialmente sem aplicações comerciais. São encontrados com frequência em rochas ígneas conhecidas como pegmatitos, formadas nas últimas etapas da cristalização do magma no interior da Terra. Das primeiras fases do resfriamento de um magma, resultam rochas e minerais mais simples e homogêneos. À medida que o magma cristaliza, os elementos químicos mais raros formam uma espécie de sopa residual. Em um segundo momento, esse líquido residual se solidifica e dá origem aos pegmatitos, muitas vezes ricos em fosfatos. No Brasil, uma das áreas mais ricas em pegmatitos – e, portanto, em novas espécies de minerais – é o leste de Minas. Em Divino das Laranjeiras, um dos municípios dessa região, foram encontradas quatro, incluindo a atencioíta, mineral marrom caracterizado pelo russo Nikita Chukanov, e a brazilianita, uma gema de cristais amarelo-esverdeados. Da vizinha Galileia saíram 10 minerais novos.

Desde dezembro de 2006, quando saiu de uma pedreira vizinha a um campo de futebol do município de Jaguaraçu, leste de Minas, a carlosbarbosaíta fez um percurso que mostra como encontrar novas espécies de minerais combina pa­ciência, amizade e muita colaboração entre especialistas não acadêmicos e acadêmicos. Luiz Menezes, engenheiro de minas, colecionador e comerciante de minerais que coletou o que lhe parecia ser um novo material, fez as primeiras análises em um microscópio eletrônico da Universidade Federal de Minas Gerais. Como não pôde ir adiante, mandou sua amostra para a USP. Atencio examinou-a por raios X, confirmou que se tratava de uma espécie nova de mineral, mas também não conseguiu avançar: os cristais de 50 x 10 x 5 milésimos de milímetro eram minúsculos demais, dificultando as análises. Pela mesma razão, durante quatro anos, pesquisadores da USP de São Carlos, do Canadá, da Rússia e dos Estados Unidos que entraram na história avançavam pouco, até que, em abril de 2009, Mark Cooper, da Universidade Manitoba, Canadá, conseguiu um equipamento de raios X que finalmente completou as análises, elucidando a estrutura atômica do mineral, cujos cristais formam longas agulhas ricas em óxido de urânio e nióbio.

A pedido de Menezes, Atencio escolheu o nome para o novo mineral, em homenagem a Carlos do Prado Barbosa, engenheiro químico e colecionador de minerais falecido em 2003 que participou da identificação da bahianita, reconhecida como novo mineral em 1978, e da minasgeraisita, de 1986. Geó­logos vivos também são homenageados, embora, como os biólogos, não possam pôr o nome deles próprios em espécies novas que descobrirem.

A menezesita, mineral rico em bário, zircônio e magnésio, ganhou esse nome em reconhecimento ao trabalho de Menezes, que mora em Belo Horizonte e vive enviando coisas interessantes para geólogos. Reconhecida em 2005 e publicada em 2008, a menezesita apresenta uma estrutura atômica similar à de um composto que havia sido sintetizado em 2002 para combater o vírus causador da Aids.

A luz dos minerais – A coutinhoíta, mineral amarelo como o enxofre, um silicato de urânio e tório, que Atencio e Paulo Anselmo Matioli, geógrafo formado pela Universidade Católica de Santos, trouxeram de Galileia, Minas, é outro exemplo de gratidão aos pioneiros – neste caso, a José Moacyr Vianna Coutinho, professor da USP que, no final dos anos 1950, ao voltar da Universidade de Berkeley, Estados Unidos, disseminou no Brasil o uso da microscopia polarizadora, que indica o desvio da luz e, a partir daí, as estruturas atômicas, facilitando a identificação de minerais no Brasil. Como resultado, ele participou da caracterização de nove dos 16 novos minerais brasileiros identificados nos últimos oito anos, incluindo a carlosbarbosaíta. “Ajudo sempre que posso”, diz Coutinho, aos 86 anos, ainda assíduo em sua sala no Instituto de Geociências da USP.

“Coutinho, além de um olhar fantástico no microscópio, tem uma habilidade imensa para desenhar cristais e orientações ópticas dos minerais”, diz Atencio, mostrando os desenhos de artigo de 1999 em que eles e outros colegas descreveram a hainita, de Poços de Caldas, na divisa de Minas com São Paulo. Em outro canto da estante de metal estão as amostras de sílex que Atencio coletou aos 10 anos de idade de uma obra próximo à sua casa em São Bernardo do Campo, em um episódio que o fez escolher mais tarde ser geólogo.

Duas por ano – Muitos minerais novos são encontrados em apenas um lugar, mas um mineral avermelhado com um dos nomes mais difíceis de pronunciar, tupersuatsiaíta, já tinha sido identificado na Groenlândia e na Namíbia antes de 2005, quando Atencio, Coutinho e Silvio Vlach, também da USP, relataram que o haviam encontrado em Poços de Caldas. Às vezes, a descrição oficial de uma nova espécie de mineral concilia descobertas paralelas. É o caso da bendadaíta, mineral de cristais alongados esverdeados encontrado em Portugal, no Brasil, no Chile, em Marrocos e na Itália, que geólogos de sete países – Áustria, Alemanha, França, Rússia, Austrália, Brasil e Estados Unidos – apresentaram em junho de 2010 na Mineralogical Magazine.
“Às vezes é mais fácil colaborar com pesquisadores da Rússia e da Alemanha do que daqui”, diz Atencio. Segundo ele, a principal razão é a escassez de especialistas na identificação de minerais – menos de uma dezena no Brasil, enquanto a Itália abriga cerca de 200 e a Rússia, bem mais. Mesmo assim, o número de novas espécies de minerais identificadas originalmente no Brasil está crescendo. Até 1959 havia no país apenas 19 espécies de minerais consideradas válidas, a maioria descrita apenas por estrangeiros. De 1959 a 2000, a comissão de novos minerais da Associação Mineralógica Internacional reconheceu 18 espécies novas, com uma média de 0,43 por ano, e nos últimos oito anos, outras 16, subindo a média para duas por ano. Segundo Atencio, o Brasil está entre os países em que atualmente se descobrem mais minerais novos, quase sempre próximo dos Estados Unidos. A Rússia é o país onde mais se descobrem minerais novos.

Não é só por falta de especialistas que as descobertas não proliferam. Nas pedreiras, um procedimento comum é tratar as gemas, de valor comercial, com banho de ácido, para remover as impurezas, que incluem possíveis novidades. Os interessados em novos minerais às vezes conseguem chegar antes do banho de ácido. Outro problema é a transformação do espaço. Atencio conta que em 1991 descreveu com Reiner Neumann, o primeiro estudante que orientou, Antonio Silva e Yvonne Mascarenhas, seus colaboradores do Instituto de Física de São Carlos da USP desde os anos 1980, minerais raros de urânio, encontrados em Perus, no município de São Paulo. “Devia ter muito mais”, diz ele, “mas o Rodoanel cobriu tudo”.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Agência espacial fotografa ilha com formato de coração


(Folha) O coração que dá forma e nome à ilha do Amor, localizada na Croácia, foi fotografada no ano passado pela ESA (Agência Espacial Europeia) e a imagem, divulgada somente nesta semana.
O satélite de observação Alos, de fabricação e propriedade japonesa, faz parte de uma parceria entre o Japão e a ESA.

Com cerca de 500 metros de comprimento, a ilha do Amor fica no litoral croata, no mar Adriático.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Tremor de magnitude 6,5 atinge as Filipinas (USGS)


(AFP / Yahoo) Um tremor de magnitude 6,5 foi registrado na quinta-feira no Mar de Célebes frente às Filipinas, anunciou o Serviço de Geofísica dos Estados Unidos (USGS).

O tremor ocorreu às 22H39, hora local (12H39 de Brasília), 320 km a sudoeste da cidade de General Santos, situada ao sul da ilha de Mindanao, a uma profundidade de 528 km.

Astronauta da Estação Espacial clica do espaço ilhas artificiais do Bahrein

Nasa divulga imagem de Durrat Al Bahrein feita em 23 de janeiro. Local terá casas e turismo em 21 quilômetros quadrados de praia artificial.


(AFP / G1) Foto divulgada pela Nasa e feita por astronauta a bordo da Estação Espacial Internacional, em 23 de janeiro, mostrando praias artificiais em Durrat Al Bahrein, no emirado do Bahrein. As praias têm formato de luas crescentes e de pétalas. O local vai abrigar mais de mil casas de luxo e instalações turísticas como hotéis e shoppings, em uma área de 21 quilômetros quadrados construídos artificialmente. (Foto: AFP PHOTO/HO/NASA)
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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Pulso de raios gama terrestre pode explicar mistério dos relâmpagos

Concepção artística mostra como os flashes de raios gama partem em direção à alta atmosfera. Os campos elétricos são gerados pela tormenta e disparados para o alto, em direção à atmosfera superior. Ali, os elétrons livres são acelerados próximos à velocidade da luz e quando colidem com as moléculas de ar produzem raios gama de alta energia. Crédito: Nasa/GSFC.




(Apolo11) Normalmente, os mais intensos pulsos de raios gama ocorrem no espaço, próximos aos buracos negros ou outro fenômeno cósmico de alta energia. No entanto, alguns desses flashes acontecem aqui na atmosfera da Terra, deixando os pesquisadores intrigados desde 1990, quando foram detectados pela primeira vez.

Batizados de Raios Gama Terrestres, ou TGFs, esses poderosos pulsos aparentam ter alguma conexão com os tradicionais relâmpagos, apesar de serem completamente diferentes.

Algumas estimativas apontam que partículas individuais em um TGF podem ultrapassar a marca de 20 mega-eletrons volt (MeV). Para se ter uma idéia, as coloridas auroras que ocorrem devido ao choque das partículas solares na alta atmosfera não chegam a 1 milésimo dessa energia.

"Até 1990, ninguém sabia da existência desse fenômeno. Com toda essa energia, o TGF é o mais potente acelerador natural de partículas que existe na Terra", disse Doug Rowland, ligado ao GSFC, Centro Espacial Goddard, da Nasa.

Até o momento, existem muito mais perguntas sobre a natureza dos TGFs do que respostas. O que causa esses flashes de alta energia? Eles auxiliam no processo de disparo dos relâmpagos? Poderiam ser responsáveis por algumas partículas de alta energia encontradas no Cinturão de Van Allen que provocam danos aos satélites?

Para investigar essa e outras questões, Rowland e seus colegas projetaram um pequeno satélite que será colocado em órbita na alta atmosfera terrestre e que deverá retornar as primeiras medições simultâneas de TGFs e relâmpagos. Batizado de Firefly, o satélite tem o tamanho de uma bola de futebol e custará menos de 1 milhão de dólares.

Formação
A maior parte do conhecimento sobre os TGFs foi adquirido com base nos dados de missões espaciais que observam os raios gama vindos do espaço profundo, entre eles o Observatório Compton de raios gama, que descobriu os TGFs em 1994. Na ocasião, o observatório detectou flashes de raios gama quando ainda se dirigia ao espaço e para surpresa dos pesquisadores descobriu-se que os pulsos registrados tinham origem na atmosfera terrestre.

No céu acima das tempestades, poderosos campos elétricos gerados pela tormenta são disparados para o alto, muitos quilômetros acima da atmosfera superior. Estes campos elétricos aceleram os elétrons livres próximos à velocidade da luz, que quando colidem com as moléculas de ar produzem raios gama de alta energia e também mais elétrons, criando uma verdadeira cascata de colisões e talvez mais TGFs.

Aos nossos olhos, um TGF não parece grande coisa. Ao contrário dos raios comuns, que liberam sua a energia na forma de luz visível, os TGFs a liberam na forma de raios gama, invisível aos nossos olhos. No entanto, essas erupções invisíveis podem ajudar a explicar como os relâmpagos são disparados.

Mistério
Um mistério de longa data sobre os relâmpagos é como os disparos têm início. Os cientistas sabem que a turbulência no interior de uma nuvem separa as cargas elétricas, produzindo enormes voltagens. Entretanto, a tensão necessária para ionizar o ar e gerar uma centelha é de cerca de 10 vezes maior do que a tipicamente encontradas dentro das nuvens de tempestades.

"Nós sabemos como as nuvens se carregam, mas não sabemos como se descarregam", disse Rowland. "Esse é o mistério."

Segundo o pesquisador, o TGF poderia providenciar a faísca necessária. No entender de Rowland, a geração de um violento e repentino fluxo de elétrons poderia ajudar a disparar o raio, fornecendo o restante da energia necessária à ionização.

Se for assim, deverá existir muito mais TGFs por dia do que o conhecido atualmente. Dados do satélite Compton e outros observatórios indicam que esse número não ultrapasse100 TGFs por dia em todo o mundo, mas a quantidade de raios é superior a 1 milhão por dia.

Isso pode ser explicado pelo fato de que nem o telescópio Compton ou outro observatório procura pelos raios gama vindos da Terra. O objetivo do Firefly será o de olhar especificamente para a atmosfera da Terra e não para o espaço e produzir a primeira pesquisa sobre a atividade de TGFs.

Os sensores do Firefly terão alta sensibilidade, capaz de detectar os flashes mais fracos ou que são atenuados pela atmosfera. Com os novos os dados cientistas terão mais subsídios para estimar o número real de TGFs em todo o mundo e determinar se existe ou não ligação entre eles a centelha inicial das descargas atmosféricas.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Estudo tenta prever enchentes e deslizamentos em áreas de risco


(Correio Braziliense) Com o objetivo de reduzir as perdas humanas, a ciência pode assumir posição de destaque na busca para entender cada vez melhor as manifestações do meio ambiente. O engenheiro hidráulico e pesquisador Wilson Fernandes, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), desenvolveu uma pesquisa para calcular a probabilidade de inundações em áreas de risco e, assim, permitir que autoridades possam alertar moradores sobre as características dos locais onde vivem. Se ocorresse na prática, seria uma forma de evitar tragédias como a da região serrana do Rio de Janeiro, ocorrida no mês passado e com consequências ainda visíveis, e problemas que assolam também Minas Gerais, São Paulo e o Sul do país.

“A natureza fornece muitas pistas para entendermos como seus componentes funcionam. Podemos calcular chances de certas áreas sofrerem inundações a partir de várias marcas que ficam com o tempo. Durante as cheias, por exemplo, a água deixa sinais nas árvores, o que evidencia a dimensão da cheia em períodos anteriores. O desabamento de encostas também pode ser analisado, com a descoberta de sedimentos que foram transportados pelas águas. Dessa forma, é possível combinarmos os trabalhos de botânica, geologia e engenharia para entender como o meio ambiente funciona e, assim, chegar até probabilidades mais concretas e confiáveis”, explica Wilson.

O mapeamento das áreas de risco e a definição de cada curso de água podem ajudar no trabalho das defesas civis na prevenção de tragédias. Municípios com maior tendência de sofrer com as enchentes e deslizes de terras, quando avisados das fortes chuvas, podem se organizar e retirar os moradores que correm risco de morte.

“Os dados de vazão dos rios permitem cálculos precisos sobre até que ponto ele pode chegar, mas é fundamental que o monitoramento seja feito por períodos longos. São 20, 30 anos colhendo estatísticas para alcançar probabilidades cada vez mais exatas. Somando às análises mais convencionais outras fontes de dados, o trabalho fica cada vez mais preciso”, diz o pesquisador.

Por outro lado, o estudo mineiro apontou uma dificuldade maior para a prevenção de problemas com enchentes em áreas urbanas, onde as evidências deixadas pelas inundações e desabamentos não ficam muito tempo sem ser modificadas. “Nas grandes cidades, a ocupação desordenada acaba descaracterizando o uso do solo. É menos viável perceber os sinais da natureza nos locais onde ela foi muito transformada, os cursos dos rios são alterados e até a absorção é diferente”, acrescenta.

Atraso brasileiro
As recorrentes tragédias em território brasileiro que resultam em milhares de vítimas tornam esse tipo de estudo obrigatório para os centros de pesquisas de países que convivem com a questão. Mas, na prática, a realidade é outra, e o Brasil continua atrasado nas tecnologias que lidam com os desastres ambientais. Prova disso é o despreparo para lidar tanto com a prevenção como com a tragédia em si, quando ela ocorre.

“Infelizmente, ainda estamos dando os primeiros passos nesse tipo de estudo. Durante as pesquisas nos Estados Unidos e na Espanha, conseguimos dados expressivos que ajudam nos cálculos. Aqui, fica aquele sentimento de frustração com as poucas ferramentas a que temos acesso. Mas estamos começando a caminhar e isso já significa alguma coisa”, diz Fernandes.

Com o objetivo de diminuir o número de mortes nas tragédias e de prevenir de maneira mais eficiente as possíveis catástrofes, o Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT) lançou no mês passado o Sistema Nacional de Alerta e Prevenção de Desastres Naturais. “Nossa proposta é proteger e salvar vidas o mais rapidamente possível. Queremos levar informações precisas para que os órgãos públicos consigam mover as pessoas que devem ser realocadas. Temos que sistematizar todas as bases de informação, padronizar e cruzar os dados de cada local. Então, poderemos alertar as prefeituras e a defesa civil do que vem pela frente”, explica Carlos Nobre, secretário de Políticas e de Programas de Pesquisa do MCT e coordenador do sistema.

Porém a implantação do programa — que vai mapear detalhadamente cerca de 500 áreas de risco em todo o país e outras 300 regiões sujeitas a inundações — deve ocorrer somente daqui a quatro anos. Até lá, muitas áreas continuarão descobertas, à mercê da natureza. “O prazo viável para que o sistema consiga cobrir todo o território é mais longo, mas já temos atividades em curto prazo, com áreas que já estão mapeadas e poderão ser monitoradas até o fim deste ano. No Rio de Janeiro, por exemplo, o trabalho já está sendo feito e vamos poder cruzar os dados das chuvas com as características de cada município”, afirma Nobre.

Para o secretário do MCT, o atraso brasileiro está ligado às condições climáticas favoráveis no país, que não criou uma cultura de preparação para os desastres. “Em muitos países, os sistemas de prevenção são completos. O Japão, onde os terremotos e tsunamis são mais frequentes, tem uma preparação mais desenvolvida, com treinamentos realizados com crianças desde cedo, para lidar com situações de emergência. E até em países menos desenvolvidos, como Venezuela e Peru, as sociedades são mais bem preparadas para esse tipo de crise, com indicação de soluções simples, que devem ser sempre levadas em conta. Podemos aprender com esses modelos já em andamento”, acrescenta Carlos Nobre.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Seca na Amazônia em 2010 foi a mais severa em 100 anos

Pesquisadores temem que recorrência de fenômeno cause impactos definitivos

(AFP / Veja) A seca que atingiu a Amazônia em 2010 foi a mais severa em 100 anos, segundo um estudo publicado nesta sexta-feira na revista Science por pesquisadores do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e da Universidade britânica de Leeds. Com isso, o equilíbrio de emissões de gases do efeito estufa foi alterado de tal forma que o dano à floresta pode ser permanente. Em 2005, uma grande seca já havia atingido a região e também foi considerada, à época, a maior em um século.

De acordo com o estudo publicado na Science, a seca matou tantas árvores que agora a Amazônia contribuirá para o aquecimento global, em vez de combatê-lo. A conclusão obedece ao seguinte raciocínio: toda árvore é composta por CO2 sequestrado da atmosfera e transformado em matéria orgânica. Quando morre devido à seca, normalmente porque não tem raízes profundas o suficiente para alcançar os lençóis freáticos, é decomposta por microorganismos que liberam os gases novamente no ar. Nos próximos anos, por culpa da seca de 2010, esse fenômeno superará a captura de CO2 da atmosfera pela floresta.

O estudo não explica por que essas duas grandes secas, 2005 e 2010, ocorreram em intervalos tão curtos. Um possível razão, apontam os especialistas, foi a influência do El Niño. De qualquer forma, o receito manifestado é que os intervalos entre as secas fiquem cada vez mais curtos.

"A ocorrência de dois eventos desta magnitude em um intervalo tão próximo é extremamente incomum, mas infelizmente é consistente com os modelos climáticos que projetam um futuro difícil para a Amazônia", disse o chefe dos estudos, Simon Lewis, da Universidade de Leeds, na Grã-Bretanha. "Se eventos como este acontecerem com mais frequência, a floresta amazônica pode chegar ao ponto de inverter sua condição de valioso absorvedor de carbono e auxiliar no combate às mudanças climáticas para a de fonte importante de emissão de gases estufa, com potencial para acelerar o aquecimento global."

Bomba d'água — O cientista Antônio Donato Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) vive e trabalha há 20 anos na floresta. Ele acredita que a Amazônia pode superar esta seca com um saldo positivo. “A floresta tem mecanismos para restabelecer o equilíbrio de seu ‘corpo’”, explica. “Cada espaço vazio deixado por uma árvore é ocupado pelas demais que crescem e, para isso, precisam acelerar sua captura de gás carbônico, rearranjando temporariamente as contas de suas emissões”.

Quando passa por estiagens muito severas, a floresta tem ainda a capacidade de “bombear” umidade. “Ao contrário do que se espera, as árvores liberam mais água, por meio da transpiração, em períodos de estiagem. Para se ter uma ideia, em períodos normais, 20 bilhões de toneladas de água são transpiradas por dia. E isso é mais do que o Rio Amazonas cede ao oceano no mesmo período”, conta Nobre. Essa água, retirada dos lençóis freáticos, ajuda a formar nuvens que diminuem a pressão atmosférica e atraem a umidade do Oceano Atlântico para dentro da América do Sul.

Mesmo assim, alerta Nobre, a floresta tem um limite. “Eu confio nos mecanismos de autorregulação da floresta, mas não discordo dos pesquisadores sobre a importância da descoberta. Como o corpo humano, os ecossistemas encontram limites – e os da Floresta Amazônica estão cada vez mais próximos”.
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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Erupção do vulcão Kizimen, na Rússia


(iG / Recursos Educativos) O vulcão Kizimen, na Rússia, entrou em erupção nesta segunda-feira. O vulcão expele cinzas e vapor d'água a quatro quilómetros de altitude, depois de ter entrado em actividade há dois anos.

O Kizimer fica situado na Península de Kamchatka, no extremo leste do país, dentro da área conhecida como anel de fogo do Pacífico, de grande intensidade sísmica e vulcânica.

Iceberg


(National Geographic / iG) Um iceberg é esculpido pela ação das ondas e pelo derretimento em Collins Bay, na Antártida

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Astronauta da ISS registra rio Tietê

(iG) O italiano Paolo Nespoli, que está na Estação Espacial Internacional, captou imagens do rio paulista. Veja as fotos




Vídeo registra aurora boreal no céu da Noruega


(BBC / Terra) O cinegrafista Eirik Evjen registrou uma aurora boreal, no céu da Noruega. Fotógrafo deixou a câmera fixa ao longo de oito horas. Ele deixou sua câmera fixa no topo de uma montanha e registrou o céu da cidade de Lofoten, no norte do país, ao longo de oito horas.

O fotógrafo diz ter ficado impressionado com as imagens que conseguiu capturar. A aurora boreal é causada pelos ventos solares que carregam um fluxo contínuo de partículas elétricas liberadas pelas explosões que ocorrem na superfície do Sol.

Quando estas partículas atingem os campos magnéticos da Terra algumas ficam retidas provocando a luminosidade intensa pela liberação de energia ocorrida com a colisão destas partículas com as moléculas e átomos presentes na atmosfera.
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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Encontro

O sol nasce no ponto de divisa entre o Oceano Pacífico e o Golfo da Califórnia

(iG / National Geographgic) Passeio de caiaque durante o nascer do sol na Baixa Califórnia, México. Os remadores estão próximos aos Arcos do Cabo San Lucas, local onde o oceano Pacífico e o Golfo da Califórnia se encontram.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Missão na Antártida busca pistas sobre mudanças climáticas

Separação de iceberg de 2,5 mil km² pode afetar circulação oceânica. Acidente pode alterar depósito de água densa no fundo do mar.

(Reuters / G1) A separação de um iceberg do tamanho de Luxemburgo, que se rompeu e se afastou de uma geleira maior, pode afetar os padrões de circulação oceânica e ser o precursor de mudanças futuras decorrentes do aquecimento global, dizem cientistas de uma missão na Antártida.

Em fevereiro de 2010, um iceberg de 2.500 quilômetros quadrados separou-se de uma língua gigante de gelo flutuante da geleira Mertz, depois de colidir com um iceberg ainda maior. A língua de gelo que se projetava no Oceano Sul vinha atuando como barragem, impedindo o gelo marítimo de chegar a uma seção de água permanentemente aberta a oeste.

Mas agora, com a língua de gelo separada devido à colisão, cientistas temem que isso possa desencadear mudanças em uma parte importante dos padrões de circulação oceânica global, que deslocam calor pelo globo através das muitas correntes marítimas superficiais e profundas.

A área em volta da língua de gelo, reduzida à metade pela colisão, e a oeste dela são um dos poucos lugares nas cercanias da Antártida nos quais a água salgada densa se forma e afunda para as profundezas do oceano, disse nesta segunda-feira (31) o líder da missão científica, Steve Rintoul.

Essa água densa de fundo, como é chamada, é um dos elementos chaves da circulação global de água marítima, que inclui a corrente que leva águas quentes do Atlântico para a Europa ocidental. Mas Rentoul disse que há o risco de que a área agora seja menos eficiente na produção da água de fundo que alimenta as correntes oceânicas profundas, que influem sobre os padrões climáticos globais.

"Este é um dos poucos lugares em volta da Antártida onde a superfície do mar se adensa o suficiente para afundar até as profundezas", disse Rintoul à agência de notícias Reuters, a bordo do navio quebrador de gelo Aurora Australis, perto da geleira a 2.500 quilômetros ao sul de Hobart, capital do Estado australiano da Tasmânia. "Se a área for menos eficaz na formação de água menos densa, a salinidade será menor do que era no passado."

Rintoul lidera uma equipe internacional de quase 40 cientistas que estudam os impactos da perda da língua glacial, além de mudanças nas temperaturas, na salinidade e na acidez oceânicas.

Os oceanos atuam como freio às mudanças climáticas porque absorvem grandes quantidades de calor e dióxido de carbono, o principal gás estufa, da atmosfera. Mas quanto mais CO2 os oceanos absorvem, mais ácidos se tornam. Com isso, animais como lesmas marinhas têm dificuldade maior em criar suas cascas.
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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Região ártica tem a maior concentração de mercúrio do planeta

Cientistas acreditam que luz solar é determinante para depósito do elemento químico no local

Ursos polares estão entre os mais afetados pela contaminação na região


(Estadão) Há mais mercúrio depositado no Ártico do que em qualquer outro lugar do planeta. Pesquisadores da Universidade de Ciência e Tecnologia da Noruega (NTNU, na sigla em inglês) acreditam que uma explicação para isso sejam as condições meteorológicas na região durante a primavera e o verão.

A concentração de mercúrio em seres humanos e animais que vivem nas regiões polares está aumentando. Ursos polares e pessoas que se alimentam de mamíferos marinhos são os mais afetados. Mas qual é a explicação para este fenômeno?

Cientistas vêm tentando decifrar a questão desde o início dos anos 90. O primeiro avanço foi a descoberta de que, sob determinadas condições meteorológicas, o mercúrio presente no ar seria depositado sobre a neve e sobre o gelo de áreas polares com o nascer do sol durante a primavera, após uma longa noite polar. Uma nova pesquisa da NTNU mostra que o processo também acontece durante o verão. Embora os cientistas ainda não saibam com precisão porque e como ocorre o depósito de mercúrio na região, é sabido que a luz solar aparece como fator determinante.

Perigo? Grande parte das emissões de mercúrio causadas pelo homem vem das indústrias. Fenômenos naturais, todavia, como erosões e erupções vulcânicas, também contribuem para a presença do elemento químico na atmosfera.

As concentrações em todo o mundo são semelhantes, mas uma reação entre o sal do mar, a luz do sol e o mercúrio presente na atmosfera transformam o mercúrio gasoso em um tipo mais reativo, que, uma vez depositado no solo, pode ser convertido em metilmercúrio, que é tóxico para o meio ambiente.

A descoberta foi baseada em medições atmosféricas em Svalbard, onde uma série de estudos de campo tem sido tomados, na estação de Ny-Ålesund, uma ilha pertencente à Noruega.

ESA disponibiliza dados sobre toda a camada de gelo da Terra

Novas informações, do satélite CryoSat, mostram tanto a extensão da cobertura de gelo como sua espessura

(Estadão) A Agência Espacial Europeia (ESA) anunciou nesta terça-feira, 1, a disponibilização gratuita para todos os cientistas interessados dos dados de sua missão CryoSat, um satélite colocado em órbita para monitorar as camadas de gelo da Terra.

Os novos dados ajudarão a determinar exatamente por quais mudanças as geleiras e calotas polares estão passado, ajudando na compreensão da relação entre o gelo e o aquecimento global.

O satélite, lançado em abril de 2010, mede tanto a extensão da cobertura de gelo como sua espessura, e já revelou sua diminuição. O restante dos dados, agora disponíveis para análise, deverá completar a imagem e mostrar que o volume de gelo da Terra sofreu uma drástica diminuição ao longo dos anos.
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Brasília à noite: astronautas da ISS fotografam capital brasileira


(Estadão) Os astronautas da Estação Espacial Internacional (ISS) divulgaram nesta segunda-feira, 31, uma foto tirada no dia 8 de janeiro da capital brasileira, Brasília, durante a noite. Segundo a legenda da imagem, a cidade é "inconfundível da órbita da Terra".
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