segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Novo modelo explica tremores que antecedem erupções vulcânicas

Tremores são semelhantes e não dependem do tamanho do vulcão. Novo modelo pode ajudar a prever erupções destruidoras.

(G1) Todos os vulcões produzem tremores em frequências semelhantes nos minutos, dias ou semanas que antecedem a erupção. Essa frequência não varia em função do tamanho, do formato nem da localização geográfica do vulcão. A “Nature” desta quinta-feira traz um modelo que explica este fenômeno – e pode ajudar a prever erupções mortais.

Entre as semanas e os minutos antes da erupção, os tremores ficam numa frequência estreita, entre 0,5 e 2 hertz, em praticamente todos os vulcões. Logo antes da erupção e durante a mesma, a frequência atinge níveis maiores e varia entre 0,5 e 7 hertz. A semelhança entre os tremores em diferentes vulcões é difícil de explicar devido às variáveis, tais como estrutura física, composição do magma e quantidade de gás.

“O fato de que isso é tão universal é muito estranho porque os vulcões são muito diferentes em tamanho e característica. É como tocar cinco instrumentos musicais de sopro e obter o mesmo som de todos eles”, compara David Bertovici, professor do Departamento de Geologia e Geofísica da Universidade de Yale, nos EUA, um dos autores da pesquisa.

O modelo matemático descrito por ele e por seu colega Mark Jellinek, da Universidade da Colúmbia Britânica, do Canadá, sugere um “sacolejo de magma” para explicar a semelhança. Este fenômeno é o estridor que resulta da interação entre o magma subindo e a camada espumosa de gás que o cerca. Os fatores que determinam essa interação variam pouco de vulcão para vulcão, o que torna a explicação plausível.

“Este modelo nos dará um sistema bastante necessário para compreender a física dos tremores, o que só pode ajudar na previsão de erupções destruidoras”, acredita Bertovici.

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