Vantagem: sem cabos nem tripulação
(Scientific American Brasil) Vales profundos, superfícies inexploradas, uma jornada traiçoeira: parece que se trata de uma viagem a Marte, mas essa também é a descrição de uma incursão às profundezas dos oceanos terrestres, menos conhecidos até que o Planeta Vermelho.
E há melhor maneira de explorar o desconhecido do que com submarinos robóticos? Veículos submarinos tripulados são limitados pelo tempo que podem se manter sob a água, e os não-tripulados geralmente precisam ficar conectados a barcos por longos cabos controladores. Mas, graças a avanços em programação e comunicação, já existem submarinos robóticos que dispensam os cabos.
.
Um dos mergulhadores independentes, Nereus, atingiu no ano passado a Fossa das Marianas, no Pacífico, a região mais profunda do oceano. É a primeira vez em mais de dez anos que um veículo se aventura na fossa. O submarino mergulhou a uma profundidade maior do que 10.900 metros.
“Com um robô como o Nereus, agora podemos explorar virtualmente qualquer parte do oceano”, contou à BBC Andy Bowen, principal projetista do veículo no Woods Hole Oceanographic Institution. “As fossas são totalmente inexploradas, e tenho certeza absoluta de que o Nereus realizará novas descobertas.”
Outro submarino autônomo foi lançado na costa de Nova Jersey no ano passado. O RU27 da Rutgers University – também conhecido como O Cavaleiro Escarlate (The Scarlet Knight), em homenagem à mascote da faculdade – cruzou o Atlântico pela Corrente do Golfo, medindo a temperatura, salinidade e densidade da água ao longo do caminho.
O veículo desenvolveu boa velocidade e até veio à superfície de tempos em tempos para entrar em contato (via comunicação remota) com os pesquisadores em terra firme, que sempre esperavam ansiosos por essas chamadas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário