(Apolo11) As mudanças no clima já afetam os oceanos e podem futuramente deslocar milhões de pessoas das áreas costeiras, aumentar o nível das catástrofes e extiguir inúmeras espécies, advertiram especialistas durante a Conferência Mundial do Oceano. O evento reúne cientistas de 121 países em Manado, na Indonésia até a próxima sexta-feira (15).
Há expectativa que ao final da Conferência seja firmado um acordo de redução dos efeitos das mudanças climáticas nos mares. O compromisso, entretanto, não terá caráter oficial e obrigatório, mas deve influenciar nas negociações futuras sobre um acordo mundial da redução de gases poluentes, que substituirá o protocolo de Kioto em 2012.
"A maior ameaça que se abate sobre os oceanos é a derivada da mudança climática", afirmou Gabriele Goettsche-Wanli, diretora da divisão de Assuntos Oceânicos e Lei do Mar das Nações Unidas em discurso na Conferência.
Goettsche-Wanli destacou estudos realizados por especialistas da ONU que indicam que o nível das águas aumentará um metro ou mais até o ano de 2100, o que afetará cem milhões de pessoas na Ásia, 40 milhões na Europa e 5 milhões na África e América.
Os estudiosos defendem um sistema integrado de observação oceânica para entender melhor cada oceano e como eles são afetados pelas mudanças do clima no planeta.
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