quinta-feira, 14 de maio de 2009

Aumento dos oceanos com derretimento das geleiras foi superestimado

(AFP / JB) O derretimento da calota polar da Antártica deve elevar o nível das águas oceânicas num patamar menor do que se esperava até agora, mas com efeitos ainda dramáticos, segundo estudo publicado nesta quinta-feira nos EUA.

Apoiando-se em novas medidas da geometria da calota polar da Antártica, pesquisadores britânicos e holandeses disseram ainda que, se ela desaparecesse, a elevação do nível dos oceanos seria de 3,2 metros e não de cinco a sete metros como previam trabalhos anteriores.

Mas, segundo o estudo publicado nesta quinta-feira pela revista Science, mesmo uma alta de um metro do nível dos oceanos seria suficientemente importante para afetar o campo de gravidade terrestre no hemisfério sul e modificar a rotação do planeta.

Esta mudança de rotação provocaria um acúmulo de água oceânica no hemisfério norte, podendo se traduzir em diferenças importantes no nível dos diferentes oceanos, com a mais forte elevação esperada então para as costas leste e oeste dos EUA.

- O esquema da elevação do nível dos oceanos é independente da rapidez e da quantidade do derretimento da calota polar do Oeste Antártico - advertiu o principal autor da pesquisa, Jonathan Bamber, da universidade de Bristol na Grã-Bretanha.

- Mesmo se a calota polar do Oeste Antártico contribuir apenas para uma elevação de um metro do nível dos oceanos em vários anos, o nível dos mares ao longo das costas norte-americanas teria uma elevação 25% superior à média - escreveu.

A Antártica possui aproximadamente nove vezes a quantidade de gelo da Groenlândia e é considerada uma bomba-relógio para o nível dos oceanos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário