quarta-feira, 2 de julho de 2014

Foguete da Nasa decola com satélite que vai medir CO2 na atmosfera

Após vários imprevistos, lançamento ocorreu na madrugada desta quarta. Missão quer detalhar com imagens fontes naturais de dióxido de carbono.



(France Presse/G1) A agência espacial americana, Nasa, lançou na madrugada desta quarta-feira (2) um satélite para medir o nível de dióxido de carbono na atmosfera, o gás com maior incidência no aquecimento global.

O Orbiting Carbon Observatory-2 (OCO-2) decolou a bordo do foguete Delta 2 às 6h56 (horário de Brasília) da Base Vandenberg da Força Aérea, na Califórnia.

O lançamento representa um alívio para a Nasa, após duas tentativas frustradas de colocar o equipamento em órbita, em 2009 e 2011, por problemas de funcionamento no foguete. Uma tentativa de lançamento nesta terça foi abortada por um problema com o fluxo de água do foguete.

O OCO-2 está a caminho para unir-se ao A-Train, grupo de cinco satélites internacionais para a observação da Terra. "A missão do OCO-2 proporcionará as imagens mais detalhadas até hoje das fontes naturais de dióxido de carbono", destacou a Nasa.

Risco para o planeta
Em abril, as concentrações mensais de CO2 na atmosfera superaram as 400 partes por milhão (ppm) no Hemisfério Norte, seu nível mais alto nos últimos 800 mil anos, segundo a Nasa. A combustão de fontes fósseis (hidrocarbonetos, gás natural e carvão) e muitas outras atividades humanas liberam cerca de 40 bilhões de toneladas de CO2 na atmosfera a cada ano, o que gera um acúmulo sem precedentes do gás.

Os climatologistas concluíram que o aumento das emissões de CO2 resultantes das atividades humanas, sobretudo pela combustão fóssil e o desmatamento, modificaram o equilíbrio natural do carbono na Terra, o que provoca aumento das temperaturas e alterações no clima da Terra.

Hoje, segundo cientistas, menos da metade do CO2 emitido pela atividade humana fica na atmosfera. Uma parte do restante é absorvida pelos oceanos, mas os poços de carbono terrestres não foram todos identificados e ainda não se entende muito bem seu funcionamento, acrescentaram.
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