segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Monte Everest


(O Guardador de Estrelas) Certa vez, durante uma conferência para a imprensa em Nova York, ao ser questionado por um jornalista sobre porque motivo o Everest deveria ser escalado, o famoso montanhista britânico George Mallory respondeu, de forma um tanto irreverente:

“- Ora… Porque ele está lá!”.

Esse episódio se tornou emblemático na história do montanhismo e a resposta passou a ser um jargão comum entre montanhistas do mundo todo.

(...)

Na foto acima estão retratadas algumas das montanhas mais altas da Terra, na Cordilheira do Himalaia, entre o Nepal e o Tibete, país que há décadas está ocupado pela China. O limite entre os países segue pela crista das montanhas, como mostra a imagem no final do texto, passando pelo cume mais alto da Terra.

O Monte Everest é a montanha situada ligeiramente acima do centro da foto. Note seu aspecto triangular, apresentando três faces distintas. A face norte (o norte é a parte de cima da foto), está na sombra, e dela saem dois glaciares rumo norte. Para o leste, canto direito da imagem, vemos o curso cinza de outro glaciar descendo a oriente. Lembrando que glaciares são cursos de água em estado sólido, movendo-se lentamente em estalos e fraturas. Vistos na imagem acima, lembram rodovias sinuosas entre as montanhas.

Ao sul do Everest está o imponente Lhotse (8516m), de cujas encostas austrais descem quatro glaciares de gelo sujo que se conectam a jusante e avançam canalizados por um vale rumo sudoeste, também em direção à aldeia nepalesa de Dingboche, situada na confluência do vale que desce do Lhotse e do vale do Khumbu, que se inicia a oeste do Everest e desce bordando as faldas do Monte Pumori e curvando-se a sudoeste, para receber a jusante outros dois glaciares cinza descidos de noroeste, das encostas austrais do Pumori e do Chumbu, que a ele se conectam e seguem em direção a aldeia de Dingboche. À esquerda nota-se um grande lago cor de esmeralda, formado pela água do degelo nos pés do Monte Chotse.

Há 14 montanhas na Terra cujo cume atinge altitude superior aos 8.000 metros; todas elas estão no Himalaia e a mais alta entre elas é o nosso famoso Everest, com 8848m.

O nome Everest foi dado pela Royal Geographical Society, em homenagem ao coronel Sir George Everest (1790-1866), nomeado Engenheiro Cartógrafo Geral da Índia de 1830 a 1843.

Para os ocidentais, Everest de fato é um nome mais sonoro e facilmente pronunciável do que o nome nepalês original da montanha: Sargamatha, cuja tradução varia bastante de uma fonte pra outra, sendo “Teto do Mundo” uma das mais recorrentes. Seu nome tibetano, Chomolungma, comumente é traduzido como “Mãe do Universo”.

O Monte Everest, Chomolungma ou Sargamatha, como queira, foi um dos últimos lugares extremos da Terra a serem alcançados pelos seres humanos, no ano de 1953, pelos montanhistas Tenzing Norgay, do Nepal, e o neozolandês Edmund Hillary, primeiros a atingirem seu cume e regressarem vivos.

Na década seguinte o homo sapiens desceria até as profundezas abissais das fossas marinhas, e alcançaria as alturas da Lua. Mas apenas em 1978 os primeiros seres humanos atingiriam o cume da Terra com seus próprios pulmões, sem utilizar oxigênio engarrafado. O primeiro deles, comumente considerado como o maior montanhista da história chamasse Reinhold Messner (1944-).

Pois… Parece-me incrível pensar que até 1953, quando já se entrara na era atômica, na era da propulsão a jato, da televisão, quando os polos da Terra há muito estavam conquistados e elaborava-se a cartografia dos leitos oceânicos, o homo sapiens ainda não havia subido ao cume da montanha mais alta da Terra!

E agora a vemos, desde o espaço, por uma foto tirada de uma estação espacial… Não tarda e um dia o primeiro ser humano há de escalar o Monte Olimpo, em Marte.

Por quê? Ora… Como diria um velho montanhista inglês:

- Pelo simples fato de que o Monte Olimpo está lá!


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