segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

O caçador brasileiro de auroras boreais


(Mensageiro Sideral - Folha) Um dos mais incríveis espetáculos celestes é o das auroras. Testemunhar uma delas é um evento tão apaixonante que motiva algumas pessoas a saírem pelo mundo à caça dessas “pinturas” naturais.

É o caso de Marco Aurélio Brotto, empresário de Curitiba. Procurando por elas há cinco anos, ele retornou no mês passado onde tudo começou: o Alasca. A foto acima foi tirada lá, no Parque Nacional Denali.

“A primeira vez foi no Alasca, em 2008″, disse Brotto ao Mensageiro Sideral. “Mas simplesmente perdi a viagem. Não encontrei nada. Imaginava que era só chegar e olhar.”

A primeira aurora do brasileiro ele acabou vendo três anos depois, na Noruega. Brotto contratou um guia, mas o profissional ficou doente. “Aluguei um carro, peguei barco, ônibus, até que no último dia consegui ver. Paixão imediata.”

A CIÊNCIA DAS AURORAS
As luzes ondulantes que aparecem no céu são resultado da interação do vento solar — partículas emitidas pelo Sol em todas as direções do Sistema Solar — com o campo magnético terrestre.

Além de fazer com que as bússolas apontem para o norte, a chamada magnetosfera ajuda a defletir as partículas que circulam pelo espaço. Isso é importante porque nos protege de radiação perigosa, e trata-se de um sintoma de o planeta ter um núcleo externo pastoso, capaz de conduzir eletricidade. Enquanto o núcleo externo gira, ele produz um campo magnético, como um dínamo.

Os dois polos magnéticos mais ou menos coincidem com os polos geográficos da Terra (mas não exatamente) e atraem as partículas eletricamente carregadas do vento solar para lá. É justamente por conta desse fluxo de partículas na direção da atmosfera que são produzidas as auroras. Quando ocorrem no círculo ártico, são chamadas de auroras boreais. No círculo antártico, são as auroras austrais.

Quando o Sol está mais ativo, as auroras podem surgir em latitudes mais baixas. Se as partículas interagem com o oxigênio atmosférico, as auroras ganham uma cor esverdeada ou alaranjada, dependendo da quantidade de energia da radiação. Quando a interação se dá com o nitrogênio, as luzes têm tons azuis ou vermelhos.

Basta uma olhada nas fotos para ver o tamanho do espetáculo. Brotto tirou esta na Islândia, em abril de 2012.
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