segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Advogado troca escritório por 'caça' à aurora boreal


(Terra) Em 2005, Daniel Japor visitou pela primeira vez o Ártico e realizou o sonho de infância: ver ao vivo e a cores uma aurora boreal. Desde lá, o advogado, hoje com 38 anos, largou o estressante trabalho em um escritório para se dedicar à ‘caça’ das auroras boreais.

A mudança não é motivo de arrependimento para ele, que diz ter “um dos melhores trabalhos do mundo”. “Não me imagino fazendo algo diferente”, diz Daniel, que já está na sua 18ª viagem ao Ártico, e organiza viagens de grupos brasileiros para explorar a região em busca do fenômeno.

Uma aventura requer investimento alto. Por doze dias, cada pessoa gasta em média R$ 13,5 mil. Atualmente, Daniel está com um grupo brasileiros na cidade de Tromso, na Noruega. “Nossa viagem parte do Brasil, fazendo conexões em Paris e Oslo até a cidade de Tromso. Passamos alguns dias em lá e depois vamos para Kilpisjarvi no extremo norte da Lapônia finlandesa. Por fim voamos para Longyearbyen, capital da ilha de Svalbard, cidadela mais ao norte do mundo”, conta.

Avistar uma aurora pode ser uma questão de sorte e de persistência. É preciso enfrentar o frio intenso e realizar caçadas noturnas até se deparar com o fenômeno. “O momento em que você avista a aurora é algo inesquecível, um pouco sobrenatural, como se você entrasse em contato com o espaço sideral sem sair da Terra”, descreve Japor.

O fenômeno, tido como um dos mais exuberantes da natureza, é formado pela interação de partículas provenientes do vento solar carregadas de energia com a camada energética da Terra. O choque entre as partículas causa o fenômeno luminoso, que ocorre na região dos polos terrestres por ser uma região de atração magnética.

”Existem dois tipos principais de aurora. As provenientes dos átomos de oxigênio, que geram auroras de colorações verdes e vermelho escuro e são as mais comuns, e de átomos de nitrogênio liberam coloração azul e vermelho vivo”, explica o astrofísico Gustavo Rojas, professor da Ufscar e doutor em astronomia.

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