quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Aventureiro britânico pretende atravessar Antártida durante o inverno

Nessa época do ano, as temperaturas chegam a 90 graus negativos e o continente permanece escuro na maior parte do tempo



(France Presse/Veja) O aventureiro britânico Ranulph Fiennes zarpou nesta segunda-feira da Cidade do Cabo, na África do Sul, com destino à Antártida. Aos 68 anos, ele é considerado o maior explorador vivo. Seu novo objetivo: atravessar o continente antártico em pleno inverno usando apenas um par de esquis.

O britânico e outros cinco aventureiros que o acompanham na expedição viajam a bordo do navio SA Agulhas, de bandeira sul-africana, que deve levá-los até a Baía Crown no final de janeiro. A expedição pela Antárica terá início em março, e a meta do explorador é percorrer 35 quilômetros por dia para chegar ao ponto final, a estação McMurdo, em setembro.

Ao todo, Fiennes pretende percorrer 4.000 quilômetros em seis meses. Ele rejeitou qualquer tipo de ajuda e abriu mão até da possibilidade de ser resgatado, caso algo dê errado.

A aventura tem sido vista como um dos últimos desafios polares da humanidade, já que é a primeira tentativa de atravessar o continente durante o inverno, período em que as temperaturas chegam a 90 graus abaixo de zero, e o continente mergulha na escuridão.

O último explorador - Fiennes é detentor de vários recordes mundiais e é considerado pelo livro Guinness o maior explorador vivo. "Fazemos expedições há 40 anos e já batemos muitos recordes no mundo. Na Antártida, já quebramos dois, em 1979 e em 1992, mas foram durante o verão. Ninguém nunca fez viagens no inverno. Partimos em direção ao desconhecido", disse Fiennes.

Uma vez iniciada a aventura, o grupo não terá a possibilidade de ser socorrido, pois durante oito meses os navios não navegam pela região. "Vamos levar mantimentos suficientes para um ano e teremos ainda um médico na nossa equipe. Utilizaremos todos os dispositivos conhecidos de calefação e novos aparelhos respiratórios", disse.

A caravana foi batizada como A viagem mais fria e também tem um objetivo humanitário: arrecadar 10 milhões de dólares para a organização britânica de ajuda aos cegos Seeing is Believing.

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