sexta-feira, 30 de julho de 2010

Bacia potiguar é área mais afetada por tremores de terra

(SBPC / JC) Joaquim Mendes Ferreira, do Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), falou sobre a atividade sísmica no país em conferência na 62ª Reunião Anual da SBPC

Das regiões brasileiras, a Nordeste, e, em particular, a bacia potiguar, tem sido a mais afetada por abalos sísmicos nos últimos anos. Embora sejam registrados, também, em outras partes do país, como o Norte, esses tremores de terra são mais prejudiciais ao Nordeste, devido ao alto nível populacional.

A informação é do estudioso Joaquim Mendes Ferreira, do Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que trabalha com sismologia desde 1979. Ele apresentou nesta quarta-feira (28), a conferência 'Sismicidade no Nordeste do Brasil: Passado, presente e perspectivas', na 62ª Reunião Anual da SBPC, em Natal (RN).

Joaquim ressalta que, até hoje, ainda são registrados abalos de terra em escalas de valor considerável no Nordeste. Segundo ele, o Rio Grande do Norte está entre as principais áreas de atividade sísmica da região. Somente de 2002 para cá, foram registrados tremores, inclusive com magnitude quatro, em municípios como Taipu, Santana do Matos, Litoral de Touros, mas outros estados também têm sofrido abalos, a exemplo do Ceará (Sobral), Pernambuco (Alagoinha) e Bahia (Mutuípe).

"Isso representa uma grande preocupação, devido ao contingente populacional dessas áreas. Embora saibamos que também ocorrem sismos altos em lugares da região Norte, como o Mato Grosso, o Nordeste tem maior número de habitantes, representando maiores riscos" - pondera.

O pesquisador também explicou que tremores de terra não são correlacionados, ou seja, um abalo sentido no Brasil não é responsável pela devastação ocorrida no Haiti ou no Chile, por exemplo. Para ele, o que se precisa, efetivamente, é mais investimento em estudos de Sismologia, Geologia e Geofísica, para adequada correlação entre os dados obtidos.

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