(Apolo11) A costa da América Central é salpicada de inúmeros vulcões ativos ou inativos, resultado direto do movimento ascendente do magma jorrado ao longo da zona de subducção entre as placas tectônicas de Cocos e caribenha. A região é conhecida pelos geólogos como Arco Vulcânico da América Central e devido ao choque entre as placas é uma das áreas mais sujeitas a terremotos em todo o mundo.
A imagem mostrada foi registrada em 31 de março de 2010 pelos astronautas da Expedição 23 a bordo da Estação Espacial Internacional, ISS. O retrato é uma amostra do vulcanismo da região e apresenta de uma só vez quatro estravulcões vistos em uma única foto, feita quando a ISS orbitava o Arco Vulcânico acima de El Salvador.
Dos quatro vulcões mostrados, apenas o San Miguel apresenta atividade nos tempos atuais, apesar de que todos eles já foram bastante ativos durante o período Holoceno (cerca de 10 mil anos atrás até o presente).
Conhecido também como Chaparrastique, O San Miguel se ergue a 2130 metros e sua atividade mais recente ocorreu em 2002, quando gás e cinzas vulcânicas foram observados no topo da cratera. Além de sua típica aparência em forma de cone, característica dos estratovulcões, a cena também mostra em detalhes a cratera e o característico fluxo de lava que um dia escorreu pelo flanco do vulcão durante alguma erupção.
A noroeste de San Miguel se destaca o vulcão Chinameca, também chamado de El Pacayal. Seu interior é marcado por uma enorme caldeira de dois quilômetros de comprimento, formada quando uma violenta explosão esvaziou a câmara de magma. Da mesma forma que seu vizinho San Miguel. Chinameca divide a região com grandes plantações de café, vistas no pé da montanha.
Seguindo em direção oeste, a erosão do cone do El Tigre é bastante clara. O vulcão foi formado durante o período Pleistoceno, entre 1.8 milhões até 10 mil anos atrás, e é o mais antigo dos estratovulcões exibidos na imagem.
Diretamente a sudoeste de El Tigre se encontra o vulcão Usulután. Apesar dos flancos da montanha terem sido dissecados por fluxos de lava, Usulután ainda mantém parte de sua cratera praticamente intacta na face oriental.
Através da coloração cinza que contrasta com o verde da vegetação e o castanho das plantações agrícolas, diversas áreas urbanas podem ser distinguidas na imagem, entre elas as cidades de Usulután, na parte inferior esquerda e Santiago de Mara, no topo esquerdo.
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