Segundo geofísico, áreas atingidas estão no Círculo do Fogo.
Região de intensa atividade geológica concentra 90% dos tremores.
(G1) Nas últimas 24 horas, três fortes terremotos causaram mortes e destruição em diferentes países no mundo. Apesar do pequeno intervalo que separa os sismos, não há relação entre eles, explica o geofísico George Sand, chefe do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB).
Na tarde de terça-feira (29), um tremor de magnitude 8 no Oceano Pacífico causou um tsunami que matou mais de 100 pessoas nas Ilhas Samoa. Horas depois, um outro tremor, de magnitude 7,6, atingiu a costa da Indonésia, matando entre 100 e 200 habitantes e destruindo 500 edifícios. Na tarde desta quarta (30), um sismo de intensidade 5,9 abalou a região de La Paz, na Bolívia.
Segundo Sand, as três ocorrências não têm nada de anormal. “Em todas as regiões em que aconteceram, por incrível que pareça, são comuns os tremores”, afirmou em entrevista ao G1.
Conforme o especialista, os países atingidos estão em uma região turbulenta, de intensa atividade geológica e vulcânica, conhecida pelos geógrafos como Círculo de Fogo. “Mais de 90% dos tremores do mundo acontecem nessa região, que vai do Chile, pega a costa dos Estados Unidos, Rússia, Japão e Oceania.”
Ainda conforme o especialista, não há motivo para preocupação. “Temos, por estatística, um tremor de magnitude acima de 8 por ano”, afirmou, descartando que um terremoto tão forte como o que atingiu Samoa ocorra em breve.
Tremores
A ocorrência de tremores de menor intensidade momentos após um forte abalo sísmico e na mesma região onde este ocorreu são naturais e esperados. Horas após o terremoto de Samoa causar o tsunami, diversos sismos com intensidade entre 4,8 e 5,3 fizeram a terra tremer naquela região.
O fenômeno é conhecido como pós-abalo. “Isso é muito comum. Faz parte da dinâmica do mundo”, completou Sand.
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