terça-feira, 17 de março de 2009

O céu já não é tão azul, diz estudo norte-americano

(Apolo11) Um estudo realizado por pesquisadores das Universidades de Maryland e do Texas, nos Estados Unidos, analisou a concentração de partículas na atmosfera desde 1973. O trabalho foi publicado pela revista Science esta semana.

O resultado era esperado: o céu já não é tão azul como há 30 anos. A quantidade de aerossóis, ou seja, partículas sólidas ou líquidas como fuligem, poeira e partículas de dióxido de enxofre, aumentaram e estão interferindo diretamente na visibilidade do céu.

Os pesquisadores analisaram a visibilidade em céu aberto e verificaram que em todos os continentes ela piorou. A exceção foi a Europa, onde a situação está melhor que há 36 anos.

A poluição gerada principalmente da queima de combustíveis fósseis é apontada como a responsável pelas mudanças no céu.

Um céu limpo, sem poluição, onde é possível observar as estrelas e planetas já não é tão fácil de se ter. Nos grandes centros urbanos essa cena é cada vez mais rara.

Para o levantamento foram obtidos dados de 3.250 estações meteorológicas em todo o mundo, compiladas pelo Centro Nacional de Dados Climáticos dos Estados Unidos, além de registros feitos por satélites.

"É a primeira vez que conseguimos informações globais de longo prazo a respeito de aerossóis sobre a superfície terrestre, que se somam aos dados já existentes sobre os oceanos. A base que reunimos se configura em um importante passo à frente na pesquisa sobre mudanças de longo prazo na poluição do ar e na correlação desse fator com as mudanças climáticas", disse Kaicun Wang, um dos pesquisadores da Universidade de Maryland.

A visibilidade foi cinco vezes menor que a média em 58% das estações. A situação mais grave ocorre na Ásia, onde a visibilidade caiu especialmente nos últimos 10 anos.

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