sexta-feira, 18 de novembro de 2011
Imagem de satélite mostra mancha de petróleo no litoral do Rio
(Apolo11) Imagem captada pelo satélite de sensoriamento remoto Aqua no dia 12 de novembro mostra a grande extensão da mancha de óleo que desde o dia 10 vem vazando por uma rachadura no leito do oceano Atlântico, na altura do Rio de Janeiro. Cálculos mostram que estão vazando quase 4 mil barris por dia.
Segundo a companhia norte-americana Chevron, responsável pela operação da plataforma, o volume de óleo na superfície do mar é de cerca de 65 barris, 10 vezes menos que a estimativa anterior quando foi informado que a quantidade era de 400 a 650 barris. No entanto, esses números são contestados pela ONG SkyTruth, que afirma que o volume é muito maior que anunciado.
“Assumindo que o vazamento teve início em 8 de novembro, acreditamos a taxa de vazamento é de 3.738 barris por dia, ou 594 mil litros. Isso é quase 10 vezes mais que os dados calculados pela Chevron", publicou a ONG em seu blog.
Para chegar a esse número a entidade utilizou as imagens do satélite AQUA, concluindo que a área do vazamento é de 2.379 quilômetros quadrados. Considerando a menor espessura possível do óleo cru, um mícron, a SkyTruth conclui que o poço no Campo Frade, na região da Bacia de Campos já despejou ao mar cerca de 15 mil barris de petróleo.
O óleo está vazando por uma rachadura de cerca de 300 m de extensão, localizada a 1200 m de profundidade e a 130 m do poço de perfuração.
Categoria Máxima
Em comunicado oficial, a Agência Nacional do Petróleo, ANP, informou que a cimentação da rachadura teve início na quarta-feira. Na nota, a ANP disse que a Chevron colocou um tampão de cimento que deve secar é aproximadamente m 20 horas. Ainda de acordo com a entidade, imagens feitas com veículos robóticos mostram que houve redução do vazamento.
John Amos, presidente da SkyTruth, lembrou que para os padrões norte-americanos qualquer vazamento maior que100 mil galões é considerado de categoria máxima. Se os cálculos da SkyTruth estiverem corretos, o derramamento atual já atingiu 628 mil galões.
“Embora o vazamento não seja uma recorde, a situação na Bacia de Campos é muito séria. Apesar de ser bem menor do que o vazamento do Golfo do México em 2010, não dá para chamá-lo de insignificante. Mesmo assim, estou muito esperançoso já que aparentemente o duto não foi avariado”, disse Amos.
Causas
Ao que tudo indica, a rachadura no leito submarino ocorreu durante uma operação de perfuração, quando um aumento de pressão em algum ponto causou uma fissura na rocha, liberando o petróleo.
Em entrevista à agência de notícias Reuters, o diretor da ANP, Florival Carvalho, explicou que abandono do poço será feito em etapas, sendo que em primeiro lugar será empregada lama pesada para estancar o poço. Em seguida, será usado cimento para vedar definitivamente o local. Segundo o cronograma, o vazamento deverá ser controlado nos próximos dias.
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E mais:
Imagens da Bacia de Campos geradas pelo Envisat (Panorama Espacial)
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SkyTruth afirma que imagens de satélite não mostram sinais de mancha (iG)
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