quinta-feira, 5 de junho de 2014

Pesquisa detecta três novos gases nocivos à camada de ozônio

Cientistas da Universidade de East Anglia descobriram dois novos clorofluorcarbonos (CFCs) e um novo hidroclorofluorocarboneto (HCFC) na atmosfera


(Exame) Dois meses depois de anunciar a descoberta de quatro novos gases nocivos à camada ozônio, com origem em atividades humanas, a mesma equipe de pesquisadores da Universidade de East Anglia (UEA), no Reino Unido, encontrou mais três outros gases perigosos na atmosfera.

A descoberta foi publicada nesta quarta-feira (4), no periódico científico Atmosphere. Eles compararam amostras de ar do presente com coletadas realizadas entre 1978 e 2012, em regiões sem fontes de poluição na Tasmânia, colhidas durante voos de aeronaves.

Na lista de novos gases aparecem outros dois clorofluorcarbonos (CFCs) e um hidroclorofluorocarboneto (HCFC), que também afetam a camada de ozônio, mas a um menor grau.

“Por terem concentrações muito mais baixas do que os anteriores, é improvável que eles representem uma ameaça à camada de ozônio. No entanto, eles reforçam nosso argumento de que há muitos mais gases lá fora e que a soma deles pode muito bem ter um impacto", afirma o Dr. Johannes Laube, da escola de Ciências Ambientais da UEA.

Segundo a pesquisa, esses gases também têm origem em atividades humanas, mas os cientistas ainda não identificaram a fonte. Desconfia-se, no entanto, que eles sejam usados na produção de pesticidas agrícolas, solventes industriais e sistemas de refrigeração.

Os CFCs e gases semelhantes foram proibidos pelo Protocolo de Montreal, em 1987, em resposta aos crescentes danos que causavam à camada de ozônio, escudo protetor natural da Terra contra os raios prejudiciais do sol.

Por força do tratado internacional, a concentração da maioria tem diminuído progressivamente. Entretanto, as novas descobertas levantam questões sobre a eficácia contínua do tratado.

Quase todos os CFCs também são gases de efeito estufa centenas de vezes mais potentes que o dióxido de carbono, embora suas concentrações sejam muito menores. Segundo os pesquisadores, seu efeitos sobre o clima também devem ser considerados.
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