segunda-feira, 26 de maio de 2014

Previsões nada otimistas



(Ciência Hoje) Há exatos cinco anos, publiquei aqui um texto intitulado ‘Uma coluna otimista (finalmente)’. Desde então, estive à espreita de dados, notícias, relatórios, sugestões, indícios, traços ou até mesmo fofocas que pudessem motivar ‘Uma segunda coluna otimista (finalmente)’, mas não vai ser desta vez. A elaboração dessa hipotética coluna está mais atrasada que os estádios da Copa e, a julgar pelo acúmulo de más notícias no front ambiental nacional e global, não será concluída até as Olimpíadas. Pelo menos poderei abandonar o projeto sem prejuízo para ninguém.

A revista Nature publicou ontem um estudo da NOAA, agência americana de estudos sobre oceanos e atmosfera, que mostra que os ciclones tropicais estão atingindo sua intensidade máxima cada vez mais longe dos trópicos. A migração dos ciclones nos últimos 30 anos teria sido de 53 km por década na direção norte e 62 km por década na direção sul.

Isso significa que áreas que até aqui estavam pouco ou nada expostas a ciclones passarão a está-lo. Em compensação, as áreas tropicais que dependem das precipitações abundantes associadas aos ciclones sofrerão mais secas. Em ambos os casos, há prejuízos à vista, e a prazo.

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