terça-feira, 13 de maio de 2014

Cientistas querem estudar terremotos silenciosos na Nova Zelândia

Tremores ocorrem a 3 km de profundidade, em frente à Ilha Norte do país. Região seria capaz de gerar terremotos de 9 graus de magnitude.


(Efe/G1) Uma equipe de sismólogos vai estudar os chamados "terremotos silenciosos" na fossa de Hikurangi, uma área de convergência de placas tectônicas que ficam em frente à ilha Norte da Nova Zelândia e que, acreditam os cientistas, seja capaz de gerar tremores de 9 graus de magnitude.

Durante as próximas duas semanas os cientistas vão colocar instrumentos de medição sísmica procedentes do Japão e dos Estados Unidos para estudar por um ano a atividade nesta área, situada na baía Poverty. As informações são do jornal "New Zealand Herald".

O projeto representa a maior instalação de instrumentos no leito marinho na Nova Zelândia para estudar os eventos sísmicos lentos ou terremotos silenciosos, nos quais os deslocamentos não causam estrondos e acontecem, ao contrário de um terremoto convencional, em um período de horas, semanas ou meses. Os instrumentos fornecerão maior informação sobre os tremores e tsunamis na fossa de Hikurangi.

Ali, os terremotos silenciosos acontecem com um intervalo aproximado de cerca de 18 meses e deslocam porções de terreno dois centímetros para leste a cada uma ou duas semanas. Se este mesmo deslocamento se desse em alguns segundos, em vez de semanas, registraria terremotos de uma intensidade de seis a sete graus.

"As zonas de subducção, como a que se encontra em frente à ilha do Norte, podem gerar os maiores terremotos do mundo", explicou o sismólogo neozelandês Bill Fry ao lembrar os tremores de Sumatra (Indonésia) em 2004 e o de Tohuku (Japão) em 2011, que registraram uma intensidade de 9,1 e 9 graus, respectivamente.

A Nova Zelândia se assenta na falha entre as placas tectônicas do Pacífico e Oceania e registra cerca de 14 mil terremotos a cada ano, dos quais entre 100 e 150 têm a potência suficiente para serem percebidos.

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