quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

China vai inaugurar novas bases de pesquisa na Antártica

País já conta com três bases no continente gelado. Chineses querem lançar veículos submarinos para explorar leito oceânico.


(Reuters/G1) A China ampliará a presença na Antártica com a construção de uma quarta base de pesquisa, e está à procura de um local para a quinta, disse um jornal estatal nesta quinta-feira (19), num momento em que o país intensifica os esforços científicos em lugares remotos. Os esforços chineses incluem o lançamento de veículos submarinos para explorar o leito oceânico e o pouso, na semana passada, de uma sonda na Lua.

Segundo o Diário da China, operários irão construir um acampamento para ser ocupado durante o verão, chamado de Taishan, além de procurarem o local para uma instalação adicional.

Qu Tanzhou, diretor da Administração Ártica e Antártica Chinesa, disse que o país "chegou tarde à pesquisa científica antártica, (mas) está alcançando" os rivais.

A China já mantêm três estações de pesquisa na Antártica: Grande Muralha, Zhongshan e Kunlun.

"A construção do acampamento de Taishan e a inspeção de locais para a (outra) estação pode garantir adicionalmente que cientistas chineses realizem pesquisas científicas sobre uma gama maior e de forma mais segura", disse Qu.

O acampamento de Taishan será usado no verão austral, entre dezembro e março, fornecendo apoio logístico e permitindo estudos de geologia, glaciares, geomagnetismo e atmosfera, segundo o jornal.

Os cientistas também se dedicarão a estudar as mudanças climáticas, acrescentou o jornal.

A base de Taishan ficará perto de estações dos EUA, da Itália e da Coreia do Sul, esta recém-inaugurada.

"Ao mesmo tempo em que a nação está ampliando sua presença na Antártida, está reforçando também sua capacidade científica, com um novo quebra-gelo a ser fabricado e um avião de asa fixa a ser trazido para futuras expedições polares", acrescentou o jornal.

Ao contrário de outros países --como Grã-Bretanha, Noruega, Austrália, Chile e Argentina--, a China não reivindica território antártico, mas está reforçando sua presença no continente gelado, e em junho o presidente Xi Jinping disse que a exploração polar é um passo importante a ser desenvolvido.
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