quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Satélite da Nasa capta luzes de pesqueiros na costa da Argentina

Barcos equipados com holofote buscam a lula-da-Argentina. Imagens sugerem presença maior do que licenças emitidas.


(G1) Imagens noturnas feitas por satélite da agência espacial americana (Nasa) revelaram intensa concentração de luzes no sul do Oceano Atlântico, entre 300 km a 500 km da costa da Argentina.

O motivo da grande quantidade de pontos de luz no local é a presença de barcos de pesca, equipados com holofotes para ajudar na captura durante a noite.

A espécie que esses barcos buscam é a Illex argentinus, a lula-da-Argentina, um tipo de molusco de barbatanas finas que é a segunda espécie mais pescada do planeta. O animal vive a uma profundidade marinha de 80 metros a 600 metros, onde se alimenta de camarões, caranguejos e peixes.

Para capturar esses animais e suprir o consumo humano, os barcos pesqueiros que atuam nessa região iluminam o oceano para atrair plâncton e espécies de peixes que a lula-da-Argentina costumam seguir. Os barcos podem transportar mais de centenas de lâmpadas, que podem gerar até 300 kw de luz.

As imagens registradas pela Nasa mostram a aglomeração de embarcações ao longo da plataforma continental, dos limites das zonas da Argentina e das Ilhas Malvinas e pela corrente oceânica das Malvinas, rica em nutrientes.

Segundo com a agência espacial, a cada ano cem barcos recebem a permissão para pescar a lula-da-Argentina. No entanto, as imagens de satélite sugerem quantidade maior de pesqueiros atuando na região, além de grandes frigoríficos e navios de reabastecimento que operam distantes da costa.

Pesquisadores e gestores de pesca indicam que a cada ano são capturadas do Atlântico Sul 300 mil toneladas de lula-da-Argentina sem licença, segundo divulga o órgão.

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