terça-feira, 22 de outubro de 2013

Medusas nascidas no espaço não se adaptam à vida na Terra


(O Globo) Experimento realizado pela Agência Espacial Americana, Nasa, apontou que medusas nascidas no espaço não conseguem de adaptar bem à vida na Terra. Os animais foram enviados no ônibus espacial Columbia no início da década de 90 para testar os efeitos da microgravidade em seu desenvolvimento. Ao voltar para a Terra, sentiram vertigem e tiveram dificuldades para pulsar e se locomover. Cientistas afirmam que seres humanos podem apresentar problemas similares.

As medusa foram enviadas ao espaço dentro de frascos e sacos que foram preenchidos com água do mar artificial. Para induzi-las a nadar, astronautas injetaram produtos químicos dentro da água e elas foram capazes de se reproduzir.

Publicado na revista “Advances in Space Research”, o resultado da experiência apontou que enquanto as águas-vivas criadas no espaço eram “morfologicamente muito semelhante as que se desenvolveram na Terra”, “as suas habilidades motoras eram diferentes”. De acordo com a pesquisa, as diferenças se deram por falhas no desenvolvimento da percepção da gravidade.

As águas-vivas são bastante distintas dos seres humanos, mas têm em comum o fato de se orientam de acordo com a gravidade. Quando crescem, elas formam cristais de sulfato de cálcio na margem inferior de seu corpo. Os cristais são alojados em pequenas bolsas forradas com células ciliadas e, quando o animal se move, os cristais rolam, sinalizando se o caminho é para cima ou para baixo. Quase da mesma forma, os seres humanos sentem a gravidade usando otólitos - cristais de cálcio presentes no ouvido interno que movem as células ciliadas informando ao cérebro em qual direção a gravidade está puxando.

Pela similaridade no sentido de orientação, os cientistas acreditam que se a água-viva não desenvolveu plenamente a percepção da gravidade, é provável que bebês humanos nascidos no espaço também apresentem os mesmos problemas.

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