quinta-feira, 24 de outubro de 2013
Buraco na camada de ozônio encolhe 6% sobre o Polo Sul
(O Globo) O ar quente em altitude em setembro e outubro ajudou a reduzir o buraco na camada de ozônio perto do Polo Sul, ainda que levemente, afirmam cientistas. De acordo com imagens e informações divulgadas pela Nasa, o buraco reduziu cerca de 6% na comparação com a mesma época do ano em 1990.
A Agência Espacial Americana afirmou que a principal razão para o resultado deste ano é o tempo local. De acordo com informações do Centro Nacional de Dados Climáticos (NOAA, na sigla em inglês), o ar em altitude tem sido quase 2 graus mais quente do que o normal na região mais austral do mundo. Esse aumento fez com que o número de nuvens estratosféricas polares reduzissem, causando um impacto direto no encolhimento do buraco já que são nelas que o cloro e o bromo provenientes de produtos artificiais se depositam e consomem o ozônio
- É como ver o “Pac-Man” comer um biscoito, onde o biscoito é o ozônio. Os átomos de cloro são o “Pac-Man” - disse Paul Newman, cientistas atmosférico da Nasa à “Associeted Press” (AP).
O buraco é uma área na atmosfera com baixas concentrações de ozônio. É nessa época do ano, normalmente, que ele se encontra em maiores proporções. Seu aumento é motivo de grandes preocupações mundiais, já que o ozônio funciona como um escudo da Terra contra a radiação ultravioleta.
James Butler, diretor da divisão de Monitoramento Global da NOAA afirmou que os dados são animadores: - Não está ficando pior. Isso é um bom sinal -. O buraco, segundo ele, parou de expandir no final da década de 90. No entanto, Butler acredita que ainda não há motivos para comemorar: - Nós não podemos dizer ainda que é uma recuperação.
Enquanto o ar em altitude ajudou a reduzir o tamanho do buraco, a superfície do hemisfério sul também apresentou temperatura mais elevada em setembro, com a sua segunda maior média já registrada para o mês, segundo o NOAA. O recorde foi registrado em 1880.
Em todo o mundo, este setembro de 2013 foi o quarto mais quente já registrado, com uma temperatura média de 1,15 graus acima da média do século 20. Nos 343 meses anteriores, no entanto, cientistas já haviam relatado temperaturas acima da média do século 20.
Após a reunião de dados dos últimos nove meses, cientistas apontam que 2013 pode ser o sexto ano mais quente já registrado no mundo, com 1,22 graus acima da média.
Newman e Butler ressaltaram que ainda não podem informar se as mudanças na camada de ozônio estão relacionados ao aquecimento global decorrente da ação humana.
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