quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Degelo no Ártico foi menos intenso no verão de 2013, aponta Nasa

Região havia registrado derretimento recorde no ano passado. Dados são do Centro Nacional da Neve e do Gelo dos Estados Unidos.


(France Presse/G1) O degelo no Ártico durante o verão de 2013 no Hemisfério Norte foi menor em comparação ao mesmo período do ano passado, que registrou derretimento recorde das áreas glaciais da região, de acordo com o Centro Nacional da Neve e do Gelo dos Estados Unidos (NSIDC, na sigla em inglês)

A agência, ligada à Nasa, estabeleceu em suas pesquisas anuais que a superfície dos bancos de gelo após o verão deste ano era de 5,1 milhões de km² em 13 de setembro. Em 2012, quando foi registrado o nível mais baixo já visto desde o começo das medições, em 1978, esta superfície media 3,41 milhões de km².

No entanto, mesmo a situação sendo melhor do que em 2012, a superfície medida em setembro foi a 6ª menor desde o início das medições anuais. Além disso, o tamanho registrado é 1,12 milhão km² a menos do que a média detectada entre 1981 a 2010, isto é, do tamanho de França e Califórnia somadas.

A tendência a longo prazo continua mostrando uma diminuição de cerca de 12% por década desde o final dos anos 1970, uma queda que se acelerou desde 2007, segundo o NSIDC.

"Esperava que a superfície mínima de verão fosse maior este ano", lamentou em um comunicado Walt Meier, glaciologista do Centro Goddard de Voos Espaciais da Nasa, em Greenbelt (Maryland, leste). "Sempre há uma recuperação após níveis de derretimento importantes", afirma, apontando que nunca há dois recordes seguidos de degelo.

O cientista apontou ainda que a maior parte do gelo é fina e mole, em contraste com o espesso banco de gelo do passado. Na forma como os gelos de pouca espessura são submetidos a um rápido degelo, os glaciologistas estimam que os resultados de 2013 não indicam uma mudança no derretimento a longo prazo dos bancos de gelo do Ártico.

Este ano, as temperaturas no Ártico ficaram entre 1 ºC e 2,5 ºC mais baixas do que a média, segundo revelaram as análises da Nasa. Este esfriamento se deveu, em parte, a uma série de furacões registrados durante o verão, segundo os cientistas.
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