terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Brasileiro viaja à “caça” de aurora boreal



(Terra) Um dos fenômenos naturais mais exuberantes da natureza é também um dos mais repletos de magia. Conhecida como aurora boreal – ou austral, dependendo do hemisfério em que ocorre – a aurora é causada pela interação de partículas provenientes do vento solar carregadas de energia com a camada energética da Terra.

Para o comerciante Marco Brotto, 42 anos, assistir a uma aurora boreal é uma experiência única. “Nunca existirá uma igual a outra. A sensação é de medo e admiração. Você se sente minúsculo perante toda energia e beleza, por outro lado, a adrenalina vai à mil”, conta ele, que já viajou ao Alasca, Finlândia, Suécia, Islândia, e teve três passagens pela Noruega à caça de auroras.

Desta vez, no entanto, Brotto resolveu adicionar ainda mais emoção à viagem. “Sempre fui um viajante nato – este ano fui à Islândia sozinho – e minha namorada sabe que para estar comigo não poderá ir a algumas viagens. Um dia ela brincou dizendo que a aurora boreal era minha amante, e disse que queria conhecer a ‘rival’”.

O comerciante decidiu então levar a namorada, a consultora Laurize Ruzza, para presenciar uma aurora pela primeira vez. O casal, de Curitiba (PR), embarcou no último dia 8 com destino à Noruega. Escondido, ele levou na bagagem uma pequena caixa, com um par de alianças, e pediu a noiva em casamento em meio ao cenário mágico.

“Ela aceitou. Agora estamos noivos, e vamos nos casar. Se não aceitasse deixava ela aqui congelando”, brinca ele.

Fenômeno imprevisível
De acordo com o astrofísico Gustavo Rojas, professor da Ufscar e doutor em astronomia, o choque entre as partículas causa o fenômeno luminoso, que ocorre na região dos polos terrestres por ser uma região de atração magnética.

Ainda segundo Rojas, a atividade solar influencia diretamente na ocorrência das auroras, e o período entre 2012 e 2013 deve registrar deve ser propício à ocorrência da aurora boreal/austral. “O Sol passa por ciclos de 11 anos. Entre 2012 e 2013, o astro estará em um período com mais manchas e atividades solares, o que torna o período mais suscetível às auroras. É imprevisível, no entanto, saber ao certo quando uma aurora irá acontecer”, ressalta.

”Existem dois tipos principais de aurora. As provenientes dos átomos de oxigênio, que geram auroras de colorações verdes e vermelho escuro, e de átomos de nitrogênio liberam coloração azul e vermelho vivo”, explica Rojas. As mais comuns são as verdes, como as registradas pelo brasileiro Marco Brotto, nos fiordes da Noruega.
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