Experimento dá força a hipótese de que os chamados hotspots vulcânicos se formam na fronteira entre o manto e o núcleo da Terra a 2900 quilômetros de profundidade
(iG) Pesquisadores utilizaram um raio-x ultra potente quebrar rochas menores que um fio de cabelo e simular o que acontece na fronteira entre o manto e o núcleo da Terra a 2900 quilômetros de profundidade.
O resultado foi publicado nesta quarta-feira no periódico científico Nature e concluiu que é lá , há 2900 quilômetros de profundidade, que se formam os chamados hotspots vulcânicos, como a ilha dos Açores, da Madeira, de Cabo Verde, da Islândia e o arquipelágo do Havaí.
Basicamente, as rochas nesta profundidade derretem e sobem até a superfície dos oceanos até formar a chamada pluma mantélica, do qual estas ilhas são formadas. “O objetivo foi reproduzir experimentalmente as condições exatas existentes a 2900 quilômetros de profundidade no manto terrestre logo acima da fronteira manto-núcleo. As amostras são extremamente pequenas comparadas ao processo natural que ocorre na Terra, porém o processo de derretimento foi muito bem reproduzido experimentalmente. Consequentemente ele pode transferido da escala micro do experimento para a escala de quilômetros do manto”, afirmou ao iG Denis Andrault, principal autor do estudo, da Universidade de Blaise Pascal, em Clemort-Ferrand, na França.
Estes hotspots são de natureza completamente diferente dos vulcões normais. A maioria deles está longe das fronteiras das placas tectônicas – local em que se forma boa parte dos vulcões. Os resultados trazem ainda algumas surpresas sobre as características da fronteira entre o manto e o núcleo da Terra segundo Andrault. “O núcleo da Terra tem de ser mais quente do que se imaginava, provavelmente mais quente do que 3726 °C, pois esta temperatura é a mínima necessária para derreter parcialmente o manto”.

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