terça-feira, 6 de março de 2012

Chefe do Observatório Sismológico da UnB reativa estação sismográfica em Juara

(O Documento) "A região de Porto dos Gaúchos é uma das mais importantes, senão a mais importante Zona Sísmica do Brasil”. Essa é a opinião do professor doutor Lucas Vieira Barros, chefe do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB), cuja tese de doutorado foi justamente sobre a região. Nesta semana, ele está em Mato Grosso e voltará até a região, com dois objetivos.

O primeiro, é reativar a estação sismográfica de Juara, que teve suas atividades descontinuadas nos últimos anos. “Estamos levando equipamentos novos para essa estação, que é permanente”. O outro, é apresentar os resultados dos estudos feitos sobre a área. Na viagem, ele será acompanhado por técnicos da Superintendência de Defesa Civil de Mato Grosso.

O professor explica que a estação foi instalada em março de 1998, mês em que foi registrado um abalo de 5,2º na escala Richter. Outro tremor de magnitude semelhante ocorreu em março de 2005. Antes, em 1955, um dos maiores tremores da história do Brasil ocorreu próximo ao município, na região da Serra do Tombador.

O motivo dos abalos sísmicos é uma falha geológica, uma região em que a terra é mais frágil. Esta falha tem 6 km de extensão e 6 km de profundidade e fica localizada na junção dos rios Batelão e Bocaiuva.

Segundo o professor Lucas, é muito importante continuar os estudos na região, inclusive como uma forma de prevenção. Ele lembra que o abalo de 1955 ocorreu em uma época na qual a região era praticamente inabitada, sendo que hoje várias cidades existem nas proximidades. “O acompanhamento precisa ser permanente. Porque terremotos são imprevisíveis e inevitáveis”, diz.

O superintendente da Defesa Civil de Mato Grosso, cel. Sérgio Delamônica, diz que o órgão está tento a situação e por isso, designou uma equipe para acompanhar o professor e sua pesquisa. “Assim, podemos obter dados para que a Defesa Civil saiba o que fazer em caso de abalo sísmico. Esse estudo vem junto a um dos pilares da Defesa Civil, que é justamente a prevenção”, diz.

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