quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Terra se aproxima mais do sol em janeiro

























(Live Science/Hypescience) Se o sol lhe parece um pouco mais intenso que o normal ultimamente, você não está vendo coisas. A Terra acabou de fazer sua maior aproximação da nossa estrela no ano.

O marco orbital é conhecido como “periélio”, o momento em que a distância entre a Terra e o sol é a menor possível.

O evento ocorre todos os anos no início de janeiro, e em 2012 realizou-se quarta-feira, 4 de janeiro.

Em média, a Terra orbita o sol a uma distância de cerca de 150 milhões de quilômetros. Esta distância é conhecida como uma unidade astronômica (UA), e serve como critério para saber as distâncias de outros planetas em nosso sistema solar.

Marte, por exemplo, está a cerca de 1,5 UA do sol, enquanto Júpiter está a cerca de 5,2 UA da nossa estrela.

Mas como outros planetas em nosso sistema solar, a órbita da Terra não é um círculo perfeito. Em vez disso, é ligeiramente elíptica (ou oval), o que significa que tem um ponto mais próximo do sol (periélio) e um ponto mais distante (afélio).

Durante o periélio de 2012, a Terra ficou a cerca de 147 milhões de quilômetros do sol, ou cerca de 0,983 UA. A Terra vai chegar ao seu afélio em 5 de julho desse ano. Nessa época, nosso planeta ficará a cerca de 152 milhões de quilômetros, ou 1,017 AU, do sol.

A diferença entre os dois extremos da órbita da Terra é um pouco mais de 5 milhões de quilômetros. Segundo a NASA, em janeiro, o sol pode parecer brilhar cerca de 7% mais intensamente do que em julho, durante o afélio.

Para nós, o sol estar mais perto no verão e mais longe no inverno faz total sentido.

Já quem mora no hemisfério norte, isso pode parecer confuso, mas há uma explicação.

A mudança das estações da Terra é, na verdade, determinada pela inclinação do planeta em seu eixo, e não pela sua distância do sol. Nosso planeta gira sobre um eixo que é inclinado cerca de 23,5 graus na vertical.

A maior aproximação da Terra ao sol a cada ano tem efeitos no espaço. Vários telescópios espaciais mantém vigilância constante sobre o sol para estudar suas tempestades e atividades solares.

Uma vez que algumas dessas sondas estão “estacionadas” perto da Terra ou de sua órbita, os cientistas têm de levar em conta as variações no tamanho aparente do sol quando o planeta atinge o seu periélio e afélio.

Uma dessas naves espaciais da NASA, o Observatório Dinâmico Solar (SDO), tem várias câmeras para gravar vídeos de alta definição do sol. Os cientistas da missão SDO dizem que o periélio da Terra desempenhou um grande papel na escolha das câmeras digitais da nave.

“Por que nos importamos? Porque a SDO tem um monte de imagens do sol no periélio em que ele parece um pouco maior do que no afélio, em julho”, explicam os cientistas. “Tínhamos que garantir que essas câmeras pudessem pegar a totalidade da estrela”.

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