sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Nasa divulga primeiro mapa da salinidade dos oceanos produzido pelo satélite Aquarius



(O Globo) A Nasa divulgou nesta sexta-feira o primeiro mapa do levantamento da salinidade dos oceanos da Terra produzido pelo satélite Aquarius, dando os primeiros vislumbres das descobertas que a missão pode proporcionar. Lançado em 10 de junho, o satélite Aquarius/SAC-D, parceria da Nasa com a Comissão Nacional de Atividades Espaciais da Argentina (Conae), só começou a operar oficialmente no último dia 25 de agosto. Em pouco tempo, no entanto, o equipamento já está mudando a visão dos cientistas de como o sal afeta o ciclo da água no planeta.

- O Aquarius/SAC-D já está avançando a nossa compreensão da salinidade na superfície dos oceanos e o ciclo da água da Terra - diz Michael Freilich, diretor da Divisão de Ciências da Terra da Nasa. - O Aquarius está fazendo medições globais contínuas e consistentes da salinidade dos oceanos, inclusive de locais que nunca analisamos antes.

Para produzir o mapa, os cientistas compararam os dados preliminares do Aquarius com dados de referência. Embora as informações iniciais do satélite ainda tenham algumas incertezas, tornando necessários mais alguns meses de calibração e validação, os pesquisadores ficaram animados com a qualidade dos dados.

- O Aquarius revelou um padrão na salinidade da superfície dos oceanos que é rico em variações em um grande espectro de escalas - conta Arnold Gordon, professor de Oceanografia da Universidade de Columbia e integrante da equipe científica da missão. - Este é um importante momento na história da Oceanografia. A primeira imagem levanta muitas questões que os oceanógrafos serão desafiados a explicar.

O mapa mostra diversas características bem conhecidas da salinidade dos oceanos, como sua alta taxa nas regiões subtropicais; maior salinidade média do Oceano Atlântico quando comparado com o Pacífico e o Índico; e um menor teor de sal no chuvoso cinturão em torno do equador. Mas os dados também já trouxeram novidades, como uma maior extensão da faixa de baixa salinidade da água provocada pelo desague do Rio Amazonas.

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