quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Angola vai ter especialização em meteorologia e oceanografia

Portugal e Brasil ajudam a formar professores e altos quadros




(Ciência Hoje - Portugal) A Universidade Agostinho Neto(UAN), em Angola, vai ter uma especialização em meteorologia e oceanografia para formar professores e altos quadros nessas áreas, graças a uma parceria estabelecida com duas universidades portuguesas e uma brasileira.

O protocolo para a criação da opção na licenciatura em Geofísica da universidade angolana foi assinado ontem em Évora.

A parceria envolve, além da UAN, o Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica de Angola (INAMET), as universidades portuguesas de Évora e de Aveiro e a Universidade Federal de Alagoas, no Brasil.

Segundo João Corte-Real, do Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais Mediterrânicas (ICAAM) da Universidade de Évora, o acordo vai fomentar a deslocação a Angola de professores das outras três universidades para ministrarem aulas e cursos em duas áreas nas quais a UAN ainda não possui conhecimento.

O protocolo prevê também a capacitação de recursos humanos da mesma universidade e do INAMET aos níveis de mestrado e doutoramento para o desenvolvimento científico e tecnológico dessas áreas no país.

“O protocolo contribui ainda, indirectamente, para formar quadros em Angola. As pessoas que se vão formar na universidade poderão integrar os quadros do INAMET”, frisou.

O director do INAMET, Benjamim Domingos, sublinhou a “falta de quadros especializados em meteorologia e oceanografia” no seu país, destacando a importância da aposta nestas vertentes.

“A meteorologia toca um pouco todos os sectores, incluindo uma das prioridades do Governo angolano como é o combate à pobreza, que está directa ou indirectamente ligada às alterações climáticas globais e aos respectivos impactos a nível regional e local”, referiu.

Por isso, argumentou, a parceria vai ajudar a “formar docentes” nestas áreas, podendo depois estes professores e especialistas “ajudar o INAMET, que passa a ter ao seu dispor quadros altamente qualificados”.

No caso específico da Universidade de Évora, segundo João Corte-Real, a parceria é “muito positiva e vantajosa”, porque “projecta” a instituição “para novas colaborações, designadamente nas antigas colónias”.

“E é uma abertura numa área que hoje tem grande importância e está na ordem do dia, como a relacionada com o tempo, o clima e as mudanças climáticas”, sustentou.

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