quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Terremotos na Virgínia são pouco comuns, diz professor da UnB

Estado norte-americano foi sacudido por tremor de magnitude 5,9. Segundo professor, região atingida está no meio de placa tectônica.

Registro sismológico dos terremotos ocorridos no Colorado (acima), na noite desta segunda-feira (22), e na Virgínia (abaixo), na tarde desta terça (23) (Foto: Divulgação/UnB/Estação Hawthorn Fire Tower/Universidade da Carolina do Sul)



(G1) O professor do Instituto de Geociências da Universidade de Brasília, João Willy Corrêa Rosa, disse que o terremoto que atingiu nesta terça-feira (23) o estado americano da Virgínia, nos Estados Unidos, não é comum naquela região do país. O estado foi sacudido por um tremor de magnitude 5,9 na tarde desta terça-feira (23), segundo o Serviço Geológico dos EUA.

“A Virgínia fica no meio da placa [tectônica] da América do Norte. É como se você morasse no Rio de Janeiro ou em São Paulo [e houvesse um terremoto], onde não é comum um tremor dessa magnitude.”

O epicentro do terremoto ocorreu entre as cidades de Charlottesville e Richmond, a uma profundidade de seis quilômetros, considerada rasa, segundo a agência americana. O tremor foi sentido na capital, Washington, a 134 quilômetros do epicentro. O Pentágono (sede das Forças Armadas), o Capitólio (sede do Congresso) e outros prédios foram esvaziados.

Segundo Rosa, as construções do estado não estão preparadas para sentir vibrações nessa intensidade. O professor disse que o código de construções da região é diferente dos de outros estados, como a Califórnia, onde tremores são comuns. “Lá é exigido colocar mais amortecedores na estrutura das construções. Elas são projetadas de forma que diminua a vibração. Em Washington, não. Realmente causa mais susto.”

Rosa também afirmou não haver relação entre o tremor que atingiu o estado da Virgínia e o que abalou uma região montanhosa entre o Colorado e o Novo México na noite desta segunda-feira (22). O terremoto de magnitude 5,3 aconteceu pouco antes de meia-noite e teve epicentro a 290 km de Denver, Colorado, e a uma profundidade de quatro quilômetros.

“No Colorado, os tremores são muito mais frequentes que em Washington. La é uma região ativa. Fica mais próxima da borda da placa [norte-americana]. A cadeia de montanhas que existe no Colorado indica que ele está ou esteve na borda da placa. No Colorado, um tremor de até magnitude 6 acontece com muito mais frequência do que na Virgínia”, disse.
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