terça-feira, 3 de maio de 2011

Estudo mostra que aquecimento global não deve influir sobre ventos

Descoberta indica que energia eólica segue sendo uma opção. Pesquisa projetou clima nos próximos 50 anos, mas apenas nos EUA.



(G1) Um estudo feito nos EUA mostra que, pelo menos por lá, o aquecimento global não terá impactos sobre os ventos. O texto produzido, por cientistas da Universidade de Indiana projetou as mudanças climáticas para os próximos 50 anos, foi o primeiro a fazer uma previsão tão longa, e seus resultados foram publicados pela revista científica “PNAS”.

A energia eólica é considerada uma das mais corretas do ponto de vista ecológico. O vento faz girar hélices que acionam uma turbina, o que gera eletricidade. Dessa forma, a tecnologia não emite carbono, ou seja, não provocam o efeito estufa. Por isso, o fato de que os ventos não devem ser afetados é uma boa notícia.

Os cientistas fizeram os cálculos levando em consideração a possibilidade de que, até 2062, as temperaturas médias já tenham subido em até 2 graus Celsius. A partir daí, estudaram, com base em três modelos diferentes, o impacto que os ventos sofreriam. A região analisada foram a área continental dos EUA (excluindo-se Alasca e Havaí) e alguns estados do Norte do México.

“Houve uma variação considerável nas densidades dos ventos previstas, mas, interessantemente, essa variação foi bastante similar à que nós observamos nos padrões atuais”, afirmou Sara Pryor, principal autora da pesquisa.

“Tem havido questionamentos sobre a estabilidade da energia eólica em longo prazo, então estamos focando em providenciar a melhor ciência disponível para ajudar os tomadores de decisão”, justificou a coautora Rebecca Barthelmie, lembrando que a escolha dos investimentos envolve fatores políticos e econômicos.

Nesse sentido, Pryor quer investir sua próxima pesquisa em outro aspecto das usinas eólicas. “A velocidade do vento aumenta com a altura, então as turbinas estão ficando mais altas”, disse. “Um de nossos projetos futuros será avaliar o benefício de implementar turbinas maiores que alcançam uma altura maior em relação ao chão”, completou.

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