(AP / Folha) Finalmente uma boa notícia relacionada a terremotos após o evento sísmico de escala 9,0 que atingiu o Japão no dia 11 de março. Um novo estudo mostra que grandes tremores não desencadeiam outros mais ou igualmente perigosos ao redor do globo. Isso em uma distância superior a 950 km de distância. Para o principal autor do estudo, Tom Parsons, do USGS (Serviço Geológico dos EUA, na sigla em inglês), o resultado pode não ser uma surpresa para os especialistas da área. No entanto, sua pesquisa anterior havia mostrado que pequenos tremores tinham efeito desencadeado por todo o planeta.
Parsons e Aaron Velasco, da Universidade do Texas em El Paso, analisaram o histórico sísmico em todo o mundo nos últimos 30 anos (até 2009). Foram encontrados 205 grandes terremotos, com magnitude Richter de 7,0 ou mais, e mais de 25 mil terremotos de magnitude de 5,0 a 7,0. Em seguida, os pesquisadores verificaram se aconteceram ondas sísmicas significativas numa distância considerável do epicentro do terremoto dentro de 24 horas. Eles encontraram um aumento de terremotos moderados num raio de até 950 km do epicentro inicial. A maioria dos eventos, no entanto, estava a até 600 km. Em distâncias superiores a 950 km, o número de terremotos moderados após um grande terremoto não era maior do que o considerado "normal". Os dados sugerem que grandes terremotos não desencadeiam eventos sísmicos igualmente grandes, mas moderados.
Os autores do trabalho lembram que a média anual é de sete tremores escala 7,0 ou mais. Ou seja: se houvesse uma relação entre esses tremores, isso já teria sido notado. Parsons destacou ainda que não aconteceu nenhum grande terremoto após o evento de magnitude 9,0 que aconteceu no Japão em 11 de março -- e foi seguido por um tsunami. O estudo foi publicado na revista "Nature Geoscience".
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