segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Paradoxo do gelo entre os pólos explicado em estudo

Extensão de glaciares cresce na Antárctida e derrete no Árctico

Gelo derrete no oceano Árctico e cresce na Antárctida

(Ciência Hoje - Portugal) Um fenómeno curioso ocorre há já várias décadas nas águas polares do planeta: O gelo derrete no oceano Árctico e nas águas antárcticas cresce em quilómetros. As alterações climáticas estão a provocar cada vez mais precipitação em forma de neve e o aumento das emissões de dióxido de carbono (CO2) irá acelerar o degelo já este século. O estudo foi publicado esta semana na revista «Proceedings of the National Academy of Science».

Investigadores do Instituto de Tecnologia da Geórgia (EUA) explicam o paradoxo para um clima mais cálido. Actualmente, enquanto a atmosfera aquece, o ciclo hidrológico acelera e provoca mais precipitação nas águas do Sul que rodeiam a Antárctida.

O aumento de chuvas e nevões estabiliza a zona superior das águas congeladas. Adicionalmente, a neve tem a tendência para reflectir o calor atmosférico e ajudar a evitar o degelo. Os autores explicam que o objectivo do estudo é compreender a possível evolução do Oceano Antárctico perante o aumento de temperaturas com o efeito do Inverno e os modelos climáticos predizem um aumento de gases durante o século XXI – o que supõe o aceleramento do degelo dos glaciares na zona inferior e superior.

Os especialistas ainda alertam para uma provável diminuição de nevadas, sendo estas substituídas por chuvas intensas que aumentarão o ritmo do degelo nas próximas décadas.

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