terça-feira, 27 de julho de 2010

Estudo: carbono negro aumenta efeito das mudanças climáticas

(EcoD / Terra) Fuligem proveniente da queima de biomassa, como lenha e carvão, e também de combustíveis fósseis, o aumento das taxas do chamado carbono negro acelera o aquecimento global, segundo estudo publicado na revista científica Nature. A maior concentração da substância se dá nos trópicos, onde a radiação solar é maior. Só o gás carbônico agrava mais o superaquecimento do planeta.

O crescimento das taxas do chamado carbono negro acelera o aquecimento global, segundo estudo desenvolvido pelo Instituto Scripps de Oceanografia de La Jolla, na Califórnia (EUA), e publicado na revista científica Nature. O levantamento mediu as concentrações de fuligem em diferentes pontos da China.

Segundo o estudo, os aerossóis de carbono negro absorvem a radiação solar, o que transforma o componente em um dos fatores que mais agravam o aquecimento global, atrás apenas do dióxido de carbono (CO2). O carbono negro é a fuligem proveniente da queima de biomassa, como lenha e carvão, e também de combustíveis fósseis.

Uma das conclusões do estudo é que a redução das emissões de carbono negro pode resultar na mitigação das mudanças climáticas em curto prazo, uma vez que tal substância permanece na atmosfera durante poucas semanas.

O carbono negro pode viajar longas distâncias pela atmosfera terrestre, em um percurso no qual se mistura com outros aerossóis, como nitratos e sulfatoss. Esta mistura origina colunas de nuvens marrons de 3 a 5 quilômetros de espessura que impedem que a radiação solar visível chegue à superfície terrestre, o que prejudica o ciclo do hidrogênio e aquece a atmosfera.

Trópicos
A maior concentração do carbono negro se dá nos trópicos, onde a radiação solar é maior. A deposição de carbono negro também pode escurecer a neve e o gelo, aumentando sua absorção do calor local e contribuindo com o derretimento das geleiras e os pólos, em particular do Círculo Polar Ártico e da Cordilheira do Himalaia.

A queima de biocombustíveis, de combustíveis fósseis e de biomassa é a principal fonte de emissão do carbono negro na atmosfera. As maiores concentrações são dos países em desenvolvimento situados nos trópicos e no Leste Asiático, especialmente grande parte do Brasil e do Peru, a Índia, o Leste da China, o Sudeste Asiático, o México e a América Central.

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