quinta-feira, 15 de julho de 2010

A estrutura da Terra e a teoria da deriva continental


Dilúvio em dificuldades
(Leonardo Moledo e Esteban Magnani - Com Ciência) Era inevitável que em algum momento após a revolução científica do século XVII, que imaginava o mundo como um imenso mecanismo, olhasse ao redor e se perguntasse pela origem da Terra, que havia deixado – em apenas cem anos – de ser um objeto único e central, quase teológico, para receber o status de um planeta como os demais, um pedaço de matéria flutuando no espaço, digno de converter-se em um apreciável objeto de estudo. Os homens da revolução científica se esforçaram para compreender a superfície terrestre, perguntaram-se sobre a natureza dos fósseis e a origem das montanhas e também investigaram os fenômenos e processos naturais que afetam a Terra, como os terremotos, os vulcões ou a erosão e refletiram sobre eles. Mas o aparato bíblico continuava impondo uma estrutura rígida da qual era difícil safar-se e dentro desse aparato aparecia o Dilúvio, considerado o principal acontecimento geológico. A persistência, ainda hoje, da palavra “antidiluviano” mostra a força da tradição.


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