quarta-feira, 15 de julho de 2009

Cientistas reveem data de glaciação do Ártico

(Efe / Terra) O oceano Ártico se gelou 1,5 milhão de anos antes do que se achava, segundo um estudo realizado pela Universidade de Tromsoe, da Noruega, que ajuda os cientistas a conhecer melhor os mecanismos que levaram às glaciações na Terra.

De acordo com a pesquisa, dirigida pela professora Catherine Stickley e publicada na revista Nature, o gelo oceânico apareceu pela primeira vez em torno de 47,5 milhões de anos, em pleno Eoceno, que foi a segunda etapa geológica do período Paleogeno na Era Cenozoica.

Durante essa era foram formadas algumas das cordilheiras mais importantes do mundo, como os Alpes ou o Himalaia, e aconteceram várias mudanças climáticas importantes, como o máximo térmico do Paleoceno-Eoceno.

O fenômeno foi responsável por aumentar a temperatura do planeta e delimitou o início desta era geológica. Também nesse período ocorreu o evento Azolla, um esfriamento global que teria propiciado as primeiras glaciações.

A descoberta é importante porque as pesquisas anteriores no Ártico não conseguiram distinguir entre o gelo que tinha se formado sobre a terra e o que tinha se formado no mar, processos que têm diferentes implicações climatológicas.

A pesquisa focou a análise do núcleo do sedimento correspondente ao Ártico eocênico, onde se encontrou uma abundância incomum de um grupo de algas fossilizadas com forma de agulha que dependiam do gelo para sobreviverem.

O estudo destes fósseis e dos grãos de quartzo presentes no núcleo do sedimento permitiram determinar que naquela época havia uma presença dominante de gelo marinho.

No entanto, tudo indica que o congelamento de água acontecia nas estações, se formando no outono e no inverno e derretendo no verão e na primavera.

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