terça-feira, 14 de abril de 2009

Brasil ganha centro internacional de referência em geofísica

(Agência Brasil / JB) Com recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), agência de inovação do Ministério da Ciência e Tecnologia, e da Petrobras, no valor total de R$ 2,6 milhões, o Observatório Nacional inaugura hoje, em seu campus no Rio de Janeiro, um novo prédio que tornará a instituição referência mundial na área de geofísica.

Durante a solenidade, que terá a presença do ministro Sergio Rezende, o atual diretor do Observatório Nacional, Sergio Fontes, será reconduzido para um novo mandato de quatro anos.
O Centro Internacional de Pesquisas em Geofísica funcionará no novo prédio, que leva o nome do pesquisador Lélio Gama, um dos fundadores do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas e do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa).

Sergio Fontes disse que graças a investimentos da Finep e da Petrobras, o Observatório Nacional passa a ter equipamentos de ponta para concluir projetos como a Rede Sismográfica do Sul e Sudeste do Brasil e o pool de Equipamentos Geofísicos do Brasil, entre outros.

O processo de implantação da rede sismográfica está sendo iniciado. Ao longo do ano, a expectativa é instalar em áreas militares, para que haja proteção dos equipamentos, pelo menos cinco ou seis estações equipadas com sismógrafos. No total, serão 11 estações em todo o país. A rede vai monitorar os tremores de terra no Sul e Sudeste brasileiros, que concentra a maior parte da população, visando a atender também à questão de segurança das pessoas. A rede tem custo de R$ 6,1 milhões, financiado pela Petrobras.

- Ainda não é possível, infelizmente, a gente prever com exatidão a ocorrência de um terremoto. O que se pode fazer é saber as regiões onde eles ocorrem com mais certeza - disse Fontes. Ele acrescentou que no futuro, com o avanço das pesquisas e mais equipamentos instalados, esses fenômenos poderão ser previstos. Os dados sismológicos poderão permitir avanços no conhecimento geológico da crosta terrestre no território brasileiro, ajudando a entender a evolução das bacias sedimentares, por exemplo, explicou Fontes.

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